Reunião entre sindicalistas e representantes do governo: impasse continua.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Terminou sem que o governo do Paraná apresentasse uma proposta de reajuste salarial aos servidores estaduais a reunião realizada nesta terça-feira (12), no Palácio das Araucárias, em Curitiba. Com a falta de acordo, os representantes dos trabalhadores se revoltaram e saíram do encontro ameaçando realizar uma greve geral. A intenção da administração estadual é realizar um novo encontro no dia 19 de maio, próxima terça-feira. Antes do encontro, um protesto reuniu cerca de mil pessoas.

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No entanto, o Fórum dos Servidores Estaduais (FES) informou que só vai comparecer ao encontro se o governo apresentar uma proposta de reajuste antes de sua realização. A entidade quer um número até esta quinta-feira (14). “Não tem mais reunião. Queremos um índice e pronto”, disse Marlei Fernandes, diretora de Finanças da APP-Sindicato e representante do fórum.

O impasse já era anunciado por declarações dadas pelo secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele antecipou que a situação financeira do estado não permitiria nenhum reajuste salarial para os servidores, mas acrescentou que a decisão sobre conceder ou não o reajuste não é apenas da pasta. “Cabe a nós apresentar os números para que seja tomada uma decisão”, resumiu ele.

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Segundo Marlei Fernandes, uma das representantes do Fórum Estadual de Servidores (FES) na reunião, os servidores mostraram argumentos técnicos, apontando que é possível conceder ao menos a reposição da inflação do período, calculada em 8,17% (pelo IPCA), como reajuste salarial aos servidores estaduais. Pelo lado do governo, participaram da reunião a secretária de Administração e Previdência, Dinorah Nogara, e a secretária da Educação, Ana Seres Trento Comin.

Esse foi o segundo encontro entre servidores e governo para discutir a data-base dos trabalhadores. No último dia 5, a administração estadual pediu mais tempo para estudar um possível reajuste salarial ao funcionalismo. A decisão, à época, levou os professores a manter a greve da categoria.

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