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Novo delegado da Furtos e Roubos de Veículos diz que está fazendo um levantamento para realizar um leilão e tentar reduzir o número de veículos do pátio | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Novo delegado da Furtos e Roubos de Veículos diz que está fazendo um levantamento para realizar um leilão e tentar reduzir o número de veículos do pátio| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

A trepadeira que envolve a carcaça de um caminhão e o mato que sai de dentro de um Gol empilhado no pátio da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), no bairro Vila Izabel, em Curitiba, são indícios de que esses e dezenas de outros veículos estão abandonados há muito tempo ali. Além do ferro-velho que se junta, atrapalhando pedestres e o trânsito local, a aproximação do verão chama a atenção para outro problema: a proliferação de mosquitos na água acumulada nos carros. Hoje, são cerca de 900 veículos estacionados ou amontoados na delegacia e em um terreno em frente à unidade policial.

Quem chama a atenção para o problema de saúde são os moradores da região. "Fora a sujeira, há a possibilidade de doenças como a dengue e outros parasitas", afirma o artista plástico Aloísio Andrade. "É um absurdo o que tem ali. Está cheio de larvas. É um risco não só para nós moradores que estamos próximos. O Estado tem de recolher os veículos ou fazer um leilão", critica um empresário que não quis ser identificado.

Diante do risco existente, a DFRV faz parte de uma lista de 800 pontos estratégicos de Curitiba que são vistoriados a cada 15 dias por técnicos em vigilância sanitária da prefeitura para combater focos de dengue. "Nossos agentes vão até o local e verificam se há criadouros do mosquito. Se houver larvas, coletamos uma amostra e levamos para estudo", explica Se­­zifredo Paz, diretor do Centro de Saúde Ambiental da Se­­cretaria Municipal de Saúde. "Sempre estão limpando, vendo se tem bicho. Veem se tem água acumulada", relata a cozinheira Laurinda Alves Zedanuk, vizinha da delegacia.

Há um mês no comando da DFRV, o delegado Dirceu Schactae conta que trabalha para tirar parte dos veículos do pátio da delegacia. "Estamos levantando todos os inquéritos de veículos adulterados, impossíveis de encontrar o proprietário, para pedirmos à Justiça autorização para realizarmos um leilão", diz. Schactae espera que esse levantamento seja concluído em três meses. Outra medida a ser tomada pela DFRV para desafogar o pátio será entrar em contato com proprietários e seguradoras de veículos abandonados para que retirem os carros do local. "O proprietário poderia doar o veículo para um ferro-velho", aconselha o delegado.

Outros problemas

O acúmulo de carros em frente à delegacia também prejudica o trânsito local e traz danos ao calçamento da região. A reclamação de quem dirige com frequência na Rua Tamoios são os congestionamentos causados pela interrupção do tráfego de veículos quando um guincho vai buscar algum carro na DFRV. "Não existe mais calçada e quando tem guincho o trânsito fica trancado", reclama o militar Otávio Fernandes Almada. Os carros deixados sobre a calçada atrapalham os pedestres e quebram o concreto do passeio. "A calçada fica bloqueada e a gente tem de passar pela rua, tomando cuidado com os carros", conta o funcionário público Carlos Eduardo Torres.

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