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São Paulo - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), lança hoje o primeiro edital para a construção de 34 km de linhas de monotrilho – metrô leve sobre pneus que trafega sobre um único trilho – na zona sul da capital. Ele pretende privatizar a operação do sistema para, com isso, levantar dois terços do financiamento do projeto, de R$ 4,5 bilhões. O monotrilho da zona sul terá dois ramais, deve ter capacidade para até 30 mil passageiros/hora e tarifa igual à do metrô.

Um dos ramais, que Kassab planeja começar a construir em 2011 e entregar no ano seguinte, quando deixa o cargo, vai chegar à Vila Olímpia, passando por Santo Amaro e pelo eixo das avenidas Chucri Zaidan e Luiz Carlos Berrini. O outro ramal vai cruzar bairros populosos da zona sul e chegar até a futura estação do metrô da Vila Sônia (linha 4-amarela), que deve começar a operar no próximo ano.

A prefeitura vai construir o primeiro trecho, de 11 km, e privatizar a operação do sistema. A empresa que assumir a operação, como contrapartida, se compromete a construir os 23 km restantes. Para Kassab, o projeto será atraente à iniciativa privada devido à demanda por transporte público na zona sul ser a maior da cidade.

Segundo o prefeito, a opção pelo monotrilho é mais adequada porque o relevo acidentado e a alta concentração populacional na região tornariam o metrô muito caro. O secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, também defendeu a alternativa do monotrilho, por exigir um número menor de desapropriações e ser uma obra rápida. "O sistema viário da zona sul está saturado [o que dificulta implantar mais linhas de ônibus]. E o monotrilho leva o dobro de passageiros", argumentou. Kassab disse que o impacto visual do monotrilho, que trafega sobre estruturas suspensas, não vai desvalorizar a região cortada pelo trem. "É um impacto bastante reduzido. Vamos ter áreas ajardinadas e ciclovias sob o monotrilho", afirmou.

Conforme cálculos da Se­­cre­­taria dos Transportes, a nova linha de monotrilhos atenderá 80% da demanda atual de trajetos locais feitos de ônibus e quase 100% das rotas para a região central.

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