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Brasília – Dono do segundo maior orçamento da Esplanada, o Ministério da Saúde perdeu no ano passado R$ 1,2 bilhão dos R$ 3,3 bilhões previstos para investimentos (37,4%). O dinheiro financiaria a construção de hospitais e postos de saúde, obras de saneamento básico, além da compra de ambulâncias. O ministério informou que, deste valor, cerca de R$ 1 bilhão foi retirado das emendas parlamentares dos deputados, priorizando os investimentos estratégicos da pasta. A tática, já usada em anos anteriores, foi reforçada após o escândalo dos sanguessugas.

"Temos um volume imenso de despesas regulares de manutenção da rede de saúde em 26 estados e no Distrito Federal e esses recursos são liberados automaticamente", argumenta o subsecretário de Planejamento do Ministério da Saúde, Arionaldo Bonfim.

Já o Ministério das Comunicações encabeça a lista das pastas com menor execução porcentual dos recursos de investimentos. Em 2006, o ministério empenhou apenas 32,8% de R$ 120,3 milhões. Os valores executados no ano não passam de 10%. O ministro interino, Fernando Rodrigues, que é secretário-executivo, disse que o patamar é baixo porque o ministério fez um acordo com o Planeamento para adiar para este ano a implementação do principal projeto do setor, de inclusão digital.

"O Planejamento não nos prejudicou. Apenas fizemos um acordo para realizar ajustes no projeto de inclusão digital e os recursos (cerca de R$ 90 milhões) serão liberados agora por intermédio de créditos extraordinários", disse Rodrigues.

Responsável pela chave do cofre federal, o Ministério da Fazenda foi o único a empenhar mais recursos do que estava previsto no orçamento. A pasta garantiu R$ 445,5 milhões, R$ 83 milhões a mais do que fora destinado. A maior parte dos recursos foi aplicada no programa de modernização da Receita Federal, que incluiu a reforma dos postos aduaneiros e a criação de sistemas de informática para melhorar a fiscalização do Imposto de Renda, por exemplo.

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