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Temporão diz que país vive epidemia de dengue e Ministério da Saúde lança campanha

O Ministério da Saúde lança nesta terça-feira a Campanha Nacional de Mobilização contra a Dengue. Nos nove primeiros meses deste ano, foram registrados mais de 480 mil casos da doença, o que representa aumento de mais de 50% em relação ao mesmo período de 2006. Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, já é possível afirmar que o país vive uma epidemia. O Paraná, com quase 45 mil doentes, está entre os estados com maior incidência de casos e ocupa a quarta posição, perdendo apenas para Mato Grosso do Sul, com mais de 72 mil casos; São Paulo com mais de 64 mil doentes; Rio de Janeiro com 51 mil.

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A Secretaria da Saúde de Londrina, no Norte do Paraná, confirmou mais quatro novos casos de dengue autóctones (quando a infecção ocorre na própria cidade), sendo três de setembro e um de outubro. Com estes, sobem para 14 os casos registrados desde agosto, período no qual, em anos anteriores, foram registradas pouquíssimas ocorrências. Desde o início do ano, já são 790 casos, dos quais apenas 53 importados – quando a doença é contraída fora da cidade. No total foram 3.593 notificações. Além dos casos confirmados, 194 exames esperam o resultado e 2.609 suspeitas da doença já foram descartadas.

Apesar destes números, o diretor de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Maurício Barros, considera que a população londrinense está mais consciente da importância da prevenção que a de cidades da região. "Proporcionalmente, Londrina registrou este ano um número muito inferior a de municípios vizinhos", alegou.

Pelos dados do Ministério da Saúde, o Paraná teria quase 45 mil doentes e ocuparia o quarto lugar entre os estados brasileiros com maior número de incidência da dengue. No entanto, o site da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que foram 46 mil notificações e apenas 24.838 confirmados. De qualquer modo, a prevenção entrou na ordem do dia, muito antes de começar o período crítico para a dengue, de dezembro a maio.

Em Londrina, as ações de prevenção não pararam nem mesmo durante o inverno. "Mas a dengue não é um problema só da Secretaria de Saúde. É de todos. Só no município, são 186 mil imóveis e não temos pessoas suficientes para ficar fazendo vistoria a cada chuva. A população tem que fazer sua parte", afirmou.

Segundo ele, o trabalho que a secretaria está desenvolvendo em áreas consideradas estratégicas – cemitérios, borracharias, ferro-velho e reciclagem - está sendo fundamental na guerra contra o mosquito Aedes aegpyti. "Na sexta-feira, vamos dar continuidade ao treinamento dos coveiros, para que eles orientem os visitantes dos cemitérios a, pelo menos, lavar os vasos com buchas para impedir que os ovos do mosquito eclodam", afirmou. Na próxima semana, serão chamados os borracheiros e, depois, o pessoal que trabalha com ferro-velho.

Outra ação que está sendo estudada é o zeramento das pendências – imóveis que não estão vazios, mas cujos moradores não são localizados nos horários de trabalho das equipes. "Hoje, temos um índice alto de 20% dos imóveis como pendências. Isto vai requerer novas estratégias, como colocar equipes para trabalhar à noite ou aos domingos", disse.

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