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Os servidores municipais de Londrina, no Norte do Paraná, aprovaram, na terça-feira (8), greve geral por tempo indeterminado. O setor de saúde é o mais comprometido com a paralisação. Ontem, pelo menos 60% das Unidades Básicas de Saúde (UBS), segundo dados da própria secretaria municipal, estavam fechadas. As unidades que permaneceram abertas funcionaram de forma precária, apenas com o serviço do pessoal terceirizado.

Segundo o JL apurou, o posto 24 horas do Jardim Leonor e o Pronto-Atendimento Infantil (PAI) só puderam funcionar com o remanejamento de funcionários celetistas e dos servidores de outras unidades. Outros serviços como o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e o Pronto-Atendimento Municipal (PAM) também operaram apenas parcialmente.

De acordo com a diretora executiva da Secretaria Municipal de Saúde, Marlene Zucoli, os serviços da saúde que são realizados por funcionários terceirizados na Policlínica, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na Maternidade e nos três centros de atenção psicossocial (Caps) tiveram atendimento normal. Segundo ela, também trabalharam os agentes de controle de endemias e os agentes comunitários de saúde.

A educação, ao contrário, foi o setor menos prejudicado. Através de uma pesquisa informal pelo telefone, o JL apurou que a maioria das escolas municipais trabalhou normalmente. Entre as 10 pesquisadas, apenas uma não teve atividades normais. Em outras duas, apenas um professor de cada quadro aderiu à greve. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, dos 12 centros municipais de educação infantil, quatro funcionaram normalmente, três parcialmente e cinco não abriram as portas. A secretária municipal de Educação, Carmen Báccaro Sposti, acredita que hoje os números devem "melhorar mais" já que os professores não seriam favoráveis à greve.

Através de sua assessoria, o prefeito Nedson Micheleti destacou a necessidade de manutenção dos serviços públicos municipais para que a comunidade não seja prejudicada. Porém, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserv), Marcelo Urbaneja, a responsabilidade por qualquer problema que venha ocorrer com a população é da administração municipal. "Depois que tiramos o indicativo de greve, encaminhamos notificação ao prefeito, chamando os representantes do município para discutirmos a manutenção dos serviços essenciais. Nos responderam dizendo que não reconheciam o estado de greve. A lei manda que se defina em conjunto a manutenção de serviços essenciais. Eles não quiseram, agora a responsabilidade é deles", afirmou.

Os servidores reivindicam 27,53% de reajuste salarial.

Veja imagens da greve na reportagem em vídeo do Bom Dia Paraná

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