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Um grupo de aproximadamente cem pessoas ficou acampado na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, desde a madrugada de quarta-feira (21) até o início da tarde desta quinta-feira (22). Cerca de 20 barracas foram montadas e os manifestantes deixaram o local por volta das 15h30.

Grande parte dos sem-teto havia ocupado uma área no Bolsão Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba, em fevereiro. Eles foram retirados do terreno no bairro CIC em 12 de março, quando a Polícia Militar e a Guarda Municipal cumpriram a ordem de reintegração de posse.

Os sem-teto protestam contra a demora da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) na contemplação de inscrições feitas há seis anos. De acordo com Silmar Miranda de Sousa, um dos líderes do movimento, o grupo queria ser recebido pelo prefeito Luciano Ducci (PSB) para tratar da situação das famílias.

Os manifestantes tinham feito duas propostas para deixar da praça. A primeira seria uma resposta definitiva da Cohab e, a segunda, a liberação para que retornassem ao terreno na CIC. Segundo Tatiane Linhares, outra líder do grupo, os manifestantes conversaram durante a tarde com representantes do governo estadual e um acordo foi firmado. Tatiane, porém, não quis adiantar qual foi a decisão tomada.

A Cohab informou que, com a saída do grupo do acampamento, todos poderão conversar e acertar as situações. Os manifestantes devem levar seus documentos para que cada caso seja analisado e uma solução seja tomada pela Companhia.

Imbróglio

Tatiane Linhares havia dito que, até a manifestação, a Cohab tinha dito apenas que as famílias teriam de aguardar a contemplação. "Só dizem que temos de aguardar na fila. Agora queremos falar com alguém que resolva nosso problema", afirmou Tatiane na manhã desta quinta.

Outro lado

A prefeitura de Curitiba divulgou nota oficial sobre o caso e informou que representantes das famílias estiveram reunidos na quarta-feira (21) com diretores da Cohab e da Companhia de Habitação Popular do Paraná (Cohapar).

Os manifestantes foram informados de que a ocupação da praça não pode ser instrumento para o acesso aos imóveis do programa habitacional. "Em respeito às famílias que estão inscritas no programa habitacional, a Cohab e a Cohapar solicitaram à comissão de representantes dos ocupantes a desmobilização do protesto na praça Nossa Senhora de Salete", afirmava a nota.

A prefeitura informou, ainda, que as normas para o acesso ao financiamento habitacional são definidas pelo governo federal e não podem alteradas pelo município.

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