Leia na íntegra a nota da Secretaria da Segurança Pública:
A Secretaria da Segurança Pública informa que não há qualquer prejuízo nas açõespoliciais desencadeadas por causa da falta do serviço prestado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
O serviço prestado pelos Correios não impede o andamento das investigações policiais.
Portanto, não procede a informação de que os inquéritos estejam parados por este motivo. Da mesma forma, a suspensão do serviço não implica em aumento dacriminalidade ou em menos eficácia na prevenção aos crimes.
Não há um problema financeiro na Segurança Pública, graças a todos os esforços dogoverno estadual para garantir as melhores condições de funcionamento para asunidades policiais.
Todas as faturas foram liquidadas e pagas, mas há uma intransigência dos Correios emaceitar os pagamentos que foram feitos, para continuar prestando o serviço. ASecretaria da Segurança Pública está procurando a direção dos Correios pararestabelecer o serviço o quanto antes porque, embora não seja essencial, facilita agestão administrativa.
Policiais civis e militares do Paraná não podem usar o serviço de correio por falta de pagamento. O problema tem consequência direta no trabalho das polícias e dificulta a entrega de inquéritos aos departamentos da Polícia Civil, além de outros serviços, como envio de documentos no interior do estado.
"Tudo o que não pode ser feito pessoalmente, a polícia usa o correio. Se for feito, vai acabar tirando policiais de suas atribuições para servir de carteiro", comenta um policial, que reclamou do problema, mas pediu para não ser identificado. Em alguns casos, os e-mails têm quebrado o galho.
A paralisação do serviço começou há pelo menos duas semanas, mas os policiais ouvidos pela reportagem ainda não sabem quando poderão usá-lo de novo. Eles preferiram ter seus nomes preservados para evitar retaliações.
Histórico negativo
A falta de recursos para os serviços básicos tem sido recorrente desde o final do ano passado, quando a PM e a própria Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) tiveram as linhas telefônicas cortadas. No começo de novembro, também por falta de pagamento, faltou recursos para abastecer viaturas em Curitiba e na região metropolitana.
Os problemas orçamentários incluíram, na época, o atraso no pagamento de salários a cadetes iniciantes do Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Academia do Guatupê, que serve à PM.
Além disso, atualmente, policiais militares não têm recebido por aulas na academia, nem o quinquênio [adicional por tempo de serviço] e indenização por remoção.
"Serviço está pago"
A Secretaria da Segurança Pública informou, por meio de nota, que a suspensão do serviço de correio não causa qualquer prejuízo às ações das polícias. "O serviço prestado pelos Correios não impede o andamento das investigações policiais. Portanto, não procede a informação de que os inquéritos estejam parados por este motivo. Da mesma forma, a suspensão do serviço não implica em aumento da criminalidade ou em menos eficácia na prevenção aos crimes", rebate a nota.
De acordo com a secretaria, todas as faturas foram pagas, mas uma intransigência dos Correios impede que esses pagamentos sejam aceitos. A Sesp informa que está procurando a direção dos Correios para restabelecer o serviço o quanto antes.
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