Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF) em Cascavel prometem protestar contra o Governo Federal nesta segunda-feira (10). O ato, contudo, será de solidariedade: às 10h, os servidores devem se reunir no Banco de Sangue da cidade para fazer doações.

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Segundo nota divulgada pelo comando de greve, o gesto servirá como contraponto ao governo, que teria taxado os servidores de "sangue azul" do funcionalismo público. A suposta declaração teria sido dada pela presidente Dilma Roussef, definindo a categoria como elite – com altos salários e qualificação –, tornando "inconcebível" reivindicar aumentos salariais em pleno cenário de crise financeira internacional. As declarações foram publicadas pelo jornal Correio Brasiliense em 22 de agosto.

A greve

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A greve da PF começou no último dia 7 de agosto, quando houve a aprovação, em assembleia da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) de uma paralisação por tempo indeterminado. Durante o mês de agosto, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e as entidades representativas sentaram à mesa para diversas rodadas de negociação.

Outras categorias também estavam em greve, mas a maioria delas aceitou o reajuste proposto pelo governo de 15,8%, a serem divididos nos próximos três anos. A PF, no entanto, alega que a principal reivindicação da classe não é o aumento salarial, mas sim uma reestruturação na carreira. Outra bandeira defendida pelos sindicatos dos policiais federais é a recomposição do efetivo, que, segundo os grevistas, está defasado.

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