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Empresas entraram com ação na Justiça cobrando o pagamento de repasses que estão atrasados. Urbs diz que não é bem assim | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Empresas entraram com ação na Justiça cobrando o pagamento de repasses que estão atrasados. Urbs diz que não é bem assim| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, garantiu que não haverá greve no transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana nesta quinta-feira (8). A decisão foi tomada uma hora depois de a Prefeitura de Curitiba abrir um crédito adicional de R$ 3,8 milhões, por meio do Fundo de Urbanização, para o pagamento dos repasses atrasados às empresas de transporte coletivo.

Teixeira elogiou a postura da administração municipal ao abrir o aporte financeiro. "Vamos dar um voto de confiança ao prefeito Gustavo Fruet de que todos os trabalhadores receberão seus salários em dia, por isso suspenderemos a greve", disse.

Mesmo sem greve, os motoristas e cobradores de ônibus devem protestar nesta quinta. O alvo dos protestos, segundo Anderson, será o governador Beto Richa. "É ele que está causando toda a instabilidade no sistema ao atrasar os repasses do subsídio. De qualquer forma, vamos nos mobilizar para dar um basta nesta indefinição", afirmou.

Nesta manhã, uma nota publicada no site do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) informava que, caso empresas não depositem os salários dos funcionários, haveria uma paralisação total do sistema de transporte público na quinta-feira (8). O texto lembrava que em dezembro, quando o pagamento do adiantamento salarial sofreu atrasos, a categoria aprovou um indicativo de greve geral.

Subsídio

Segundo a Urbs, o crédito adicional de R$ 3,8 milhões não será suficiente para cobrir todo o débito existente com as empresas do setor. Hoje, essa dívida era de R$ 9,4 milhões. Os atrasos nesses repasses, de acordo com o presidente da Urbs Roberto Gregório, estão ocorrendo porque o Governo do Estado acumulou uma dívida de mais de R$ 16,7 milhões referentes aos subsídios que garantem a integração metropolitana com uma tarifa social de R$ 2,85.

Para Gregório, o governo estadual está demonstrando não querer renovar o subsídio. "Desde o último dia 26, protocolamos diversos ofícios para tratar da renovação e do pagamento dos débitos. Mas o silêncio da Comec nos faz acreditar que não há interesse em manter a integração do sistema".

Após a entrevista coletiva do presidente da Urbs, a Comec enviou nota para afirmar que o governo estadual tem sim interesse em manter a integração e que ele honrará todas as parcelas do acordo que se encerrou no último dia 31. O órgão estadual, entretanto, afirmou que o novo acordo deverá levar em consideração os resultados da pesquisa origem-destino divulgados no último mês de novembro.

Segundo a Comec, esse levantamento mostrou que o custo por passageiro metropolitano é inferior ao que afirmava a prefeitura de Curitiba e que isso diminuirá o subsídio estadual.

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