O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) proibiu nesta sexta-feira (27) a Marcha da Liberdade, programada para ocorrer na tarde deste sábado (28) na região central da capital. Em decisão do desembargador Paulo Rossi, o tribunal estende os efeitos da medida que proibiu a Marcha da Maconha na semana passada afirmando que o novo movimento é a reedição do anterior sob outro nome. Dessa forma, os argumentos que embasam a nova decisão do TJ-SP são os mesmos: a passeata faria apologia ao crime e incitaria o uso de drogas.
O advogado Raul Ferreira, que representou os organizadores, mostrou-se preocupado com os efeitos da nova proibição. "Com uma decisão dessas, corre-se o risco de se produzir mais violência", afirma o advogado. Na semana passada, diante da proibição da Marcha da Maconha, os manifestantes resolveram marchar pela liberdade de expressão e foram reprimidos pela Polícia Militar (PM), com uso de bombas de efeito moral, gás pimenta e outras armas não letais.
A violência do confronto levou o governador Geraldo Alckmin condenar a ação policial e o comando da PM afastar dois tenentes por excessos. A Guarda Civil Metropolitana também abriu investigação para apurar a conduta dos guardas.
"É uma decisão absurda, sem cabimento. É uma marcha que vai reunir todos os grupos marginalizados que lutam por direitos em São Paulo", afirmou o advogado Raul Ferreira, que representa os organizadores. Segundo dois integrantes da organização da Marcha da Liberdade, a manifestação está mantida, pois seria impossível desmobilizar todas as pessoas já convocadas nos últimos dias.
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