Dois rapazes suspeitos de integrar uma quadrilha responsável por arrombamentos a caixas eletrônicos foram presos em Cascavel, no Oeste do Paraná, e apresentados na manhã desta quarta-feira (23). Os primos Evair Alves da Silva, 19, e Jhoni Gonçalves da Silva, 18, foram presos no final na tarde desta terça-feira (22) no velório de Ademilson Damásio, morto em confronto com policiais militares em Guaraniaçu.
De acordo com o delegado Luís Rogério Sodré, os dois rapazes também são suspeitos de ser os autores da tentativa de incêndio contra um ônibus do transporte coletivo na madrugada de terça-feira (22). A ação teria sido em represália a morte de Damásio e do advogado Cleber Guiomar Pinto, durante o confronto com policiais militares do serviço reservado.
O delegado informou que a ação para prender os dois suspeitos foi tensa por conta do ambiente - um velório.
A decisão de fazer as prisões durante o velório ocorreu para evitar que os dois rapazes fugissem posteriormente. "Optamos em prendê-los no local porque depois seria mais difícil", afirma Sodré. Os dois negam as acusações, mas foram autuados por tentativa de homicídio e formação de quadrilha.
Polícia começa a ouvir os suspeitos
O delegado Joselito Teixeira, responsável pelo inquérito instaurado para apurar a morte de Ademilson Damásio e do advogado Cleber Guiomar Pinto, informou que já começou a ouvir as testemunhas do incidente. Segundo ele, já foram chamados para ser ouvidos os policiais rodoviários federais que atenderam o caso e também os profissionais que prestaram serviço médico após a ação. "Até agora, não há nada de relevante que possa mudar o cenário do [suposto] crime", disse o delegado.
Teixeira disse ainda que o próximo passo do inquérito é ouvir os dois policiais militares apontados como autores das mortes de Cleber e Damásio, os quais não foram detidos.
De acordo com Luis Gustavo de Lima Alves, amigo de faculdade de Cleber, uma passeata em protesto contra as mortes será organizada na próxima semana pela família e pelos colegas do advogado morto.
Inicialmente, o corpo de Cleber seria cremado em Curitiba, mas, por causa da investigação, será sepultado, informou Alves. Até as 12h30, o local do enterro, que acontece na tarde desta quarta-feira, ainda não havia sido definido.
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