Barra do Turvo, SP - Rodar na BR-116 entre Curitiba e São Paulo ontem foi um exercício de paciência. A reportagem da Gazeta do Povo levou duas horas e dez minutos para fazer um trecho de dez quilômetros próximo a Barra do Turvo, na divisa com São Paulo, onde houve a queda de barreira. Dos 30 mil metros cúbicos de terra que haviam caído, apenas 8 mil já tinham sido tirados até o início da noite.
Para o caminhoneiro André Luiz de Alexandre, ontem foi o segundo dia consecutivo de espera na estrada. Na terça-feira, quando caiu a barreira, ele demorou sete horas "na fila", durante o seu trajeto de Paulínia (SP) até Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Ontem, fazia o trajeto oposto, e não tinha previsão de chegada.
O mecânico Fábio Miguel Acosta, que viajava com esposa e filha do Rio Grande do Sul para São Paulo teve mais azar: o carro quebrou em pleno congestionamento e ele esperava um socorro que tinha poucas chances de chegar. "E aqui vai chegar socorro de que jeito, com esse trânsito?".
Além da queda de barreira, a BR-116 teve ontem os contratempos de sempre. Em Campina Grande do Sul, na saída de Curitiba para São Paulo, um caminhão-cegonha tombou e causou outro congestionamento no quilômetro 33 da rodovia.
Segurança, Valdeir Monteiro ia ontem de Campinas para Itajaí. Usuário frequente da BR-116, diz já estar acostumado às demoras e aos problemas da pista. "Sempre passo aqui e é sempre a mesma coisa. Hoje foi a barreira, mas sempre tem acidente", disse.
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