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Recife - Três homens morreram esfaqueados e 24 ficaram feridos durante uma rebelião no presídio Aníbal Bruno, em Recife (PE), na noite de quinta-feira. O tumulto em uma ala onde havia 180 detentos começou com uma briga, por volta das 22 horas. Segundo a Polícia Militar, presos rivais dividiam espaço no mesmo pavilhão. Os detentos se amotinaram e a rebelião só foi contida cerca de duas horas depois. O Aníbal Bruno é o maior presídio do estado e tem capacidade para 1,4 mil detentos, mas abriga 3,6 mil.

Segundo a Secretaria de De­­fesa Social, a rebelião começou quando era feita a contagem dos presos. A Polícia Militar precisou de 165 homens para conter a rebelião, entre eles 40 do Ba­­talhão de Choque. Eles usaram bombas de efeito moral e balas de borracha.

Dezenas de mães e mulheres dos detentos acompanharam a movimentação do lado de fora. A mãe de uma das vítimas disse que o filho morreu com um tiro na cabeça, mas o Batalhão de Choque garantiu que usou apenas balas de borracha. As três mortes foram provocadas por golpes de faca, mas houve disparo de tiros durante o conflito. A Secretaria vai investigar os autores das mortes, de onde partiram os disparos e se há presos com arma de fogo dentro da unidade prisional.

Morreram durante a rebelião Airon Nunes Queiroz, 46 anos; Márcio Rocha Guedes da Silva, 25 anos; e Gilberto Moraes, 22 anos. Dez feridos foram encaminhados para hospitais da região metropolitana de Recife e 14 foram tratados na enfermaria do presídio. Durante a madrugada, a assessoria da Secretaria de Estado da Defesa Social informou que 32 detentos serão transferidos.

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