A tripulação da Gol seguiu a lei ao pedir atestado médico à família da coreógrafa Deborah Colker, disse hoje o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).
Na última segunda-feira, funcionários da Gol questionaram a possibilidade de o neto de Colker, que tem uma doença rara - não contagiosa - que provoca erupções na pele, voar.
Deborah estava com a família em um voo da Gol que sairia de Salvador em direção ao Rio quando, já dentro do avião, um comissário lhes exigiu um atestado para permitir a permanência do menino no avião.
Segundo a coreógrafa, os detalhes da doença já tinham sido dados no momento do check-in - que não se opôs à entrada de Theo, 4, no avião.
A tripulação pediu um atestado médico que comprovasse que a doença do neto de Colker não era infecciosa. Deborah reclamou da abordagem feita, segundo ela "nitidamente discriminatória, preconceituosa" e que foi provocada pelo despreparo dos funcionários.
"Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas a bordo", disse o sindicato, em nota oficial distribuída hoje. "Mesmo sendo um caso isolado, o sindicato esclarece aos associados e à população que existem diversas doenças infectocontagiosas, caracterizadas por lesões cutâneas. Por isso, é imprescindível a avaliação médica, pois não cabe ao aeronauta avaliar se há risco de contágio ou não."
No texto, o sindicato afirma que os procedimentos adotados pela tripulação seguem normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, que reúne as companhias aéreas). Seguir a lei é essencial, mesmo que isso contrarie a vontade dos passageiros, disse a entidade.
"O SNA reitera repudiar qualquer forma de discriminação ou preconceito, independentemente da situação. Porém, não se pode confundir o cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser cumpridas, mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos passageiros."
A seguir, a íntegra da nota:
Comunicado Oficial
Em razão dos transtornos ocorridos no voo da VRG GOL Linhas Aéreas, de Salvador para o Rio de Janeiro, na última segunda-feira (19/8), o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informa que os procedimentos adotados pela tripulação da aeronave seguem normas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da International Air Transport Association (IATA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O SNA reitera repudiar qualquer forma de discriminação ou preconceito, independentemente da situação. Porém, não se pode confundir o cumprimento da norma legal durante o exercício das funções atribuídas pelo Código Brasileiro de Aeronáutica. Essas regras devem ser cumpridas, mesmo que, às vezes, sejam contrárias à vontade dos passageiros.
Exigir uma declaração médica assegura a segurança e a saúde das pessoas a bordo.Mesmo sendo um caso isolado, o SNA esclarece aos associados e à população que existem diversas doenças infectocontagiosas, caracterizadas por lesões cutâneas. Por isso, é imprescindível a avaliação médica, pois não cabe ao aeronauta avaliar se há risco de contágio ou não.
-
Governo prevê investimento privado trilionário nos próximos anos. Para onde vai o dinheiro
-
Ministério da Saúde instala grupo para monitorar hepatite misteriosa nas crianças
-
Preso por ordem do STF em 2021, jornalista ainda não sabe por qual crime é investigado
-
5 pontos sobre a evolução da corrida presidencial nos últimos meses
Preso por ordem do STF em 2021, jornalista ainda não sabe por qual crime é investigado
Daniel Silveira muda estratégia de defesa e designa nova advogada. Saiba o que deve mudar
Governo federal lança plataforma com cursos gratuitos sobre família e educação
Câmara pode votar regime de urgência para PL sobre regulamentação do homeschooling