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Em uma estreita estrada de chão batido do bairro Taquaral, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, um telefone público é a salvação. Alguns moradores dispõem de telefonia móvel por antena rural. Quando ela não funciona – o que ocorre na grande maioria das vezes –, é ao orelhão que todos recorrem.

Por isso a professora aposentada Maria do Carmo Silveira Mazuck, 63 anos, precisa percorrer a estrada empoeirada quando quer saber notícias dos filhos ou eles querem se comunicar com ela. Maria do Carmo mora com dois netos. Mas é a filha Jozélia, que vive a 50 metros do bar onde está instalado o aparelho público, que faz o trabalho de "pombo-correio". Quando ela ouve o telefone tocar, corre para atender e passar o recado. "Só assim para conseguirmos saber alguma coisa", explica Maria.

Sem a telefonia móvel rural, a família é uma das usuários mais freqüentes do orelhão. "Sem ele, não sei como seria. É claro que já vivemos sem telefone, mas depois que foi instalado, é difícil viver sem ele."

A aposentada mora no local desde que nasceu e lembra que até sete anos atrás também subia e descia o morro para entrar em contato com o mundo. "Os filhos reclamam bastante quando não conseguem ligar. Aqui é longe e não dá para perder a viagem", conta. Dos oito filhos, cinco moram em Campo Largo. (AP)

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