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Tragédia na Tiradentes

Uma das vítimas do acidente com ligeirinho recebe alta

Apenas uma mulher segue internada em observação no Hospital Cajuru. Perícia do ônibus está em andamento

Ônibus ligeirinho após o acidente que matou duas pessoas | Jonathan Campos / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Ônibus ligeirinho após o acidente que matou duas pessoas (Foto: Jonathan Campos / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Uma das vítimas do acidente com um ônibus ligeirinho na Praça Tiradentes, que matou duas pessoas e deixou 32 feridas na manhã de quinta-feira (10), recebeu alta nesta sexta-feira (18). Claudete Pimentel Silveira, de 30 anos, que machucou duas vértebras da coluna cervical e recebeu tratamento no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, foi liberada. Na quinta-feira (17), um exame de ressonância magnética descartou a necessidade de cirurgia na paciente.

De acordo com Bernadete Pimentel da Silveira, irmã de Claudete, ela está melhorando, mas ainda depende dos acompanhantes e só pode comer alimentos pastosos. Bernadete conta que uma pessoa que se identificou como representante da Auto-Viação Redentor entrou em contato com a família na quinta. "Ligaram para nos dizer que estão à disposição, mas que não viriam visitar a Claudete porque o trânsito estava caótico. Nos disseram que se precisarmos de alguma coisa, podemos ligar para a empresa", conta. Este foi o primeiro contato da empresa com a família.

A outra vítima que ainda está no hospital é Maria Inês Marcondes, de 42 anos, fraturou as duas pernas e está internada no Hospital Cajuru, onde se recupera de uma cirurgia. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, seu estado é estável e ela deve receber alta na próxima semana.

O advogado da Redentor, Heitor Fabreti Amante, afirmou que a empresa está entrando em contato com as famílias e visitando algumas vítimas do acidente nesta semana. O objetivo é fazer um diagnóstico da situação. De acordo com Fabreti, a Redentor deve se manifestar sobre o caso na segunda-feira (21).

O motorista do ônibus, José Aparecido Alves, de 49 anos, que estava afastado do trabalho desde o dia do acidente, recebeu um novo atestado médico. Ele permanece afastado por mais 15 dias.

Investigação

As investigações sobre as causas do acidente estão em andamento. O delegado Armando Braga, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), diz que as testemunhas estão sendo ouvidas, mas que não há novidades.

O Instituto de Criminalística (IC), responsável pela perícia do ônibus, ainda não tem nenhum laudo conclusivo porque os resultados dos testes já realizados não estão prontos. O ligeirinho está no pátio do Detran e só as equipes de Engenharia Legal e Trânsito legal do IC têm acesso ao veículo. O laudo do acidente deve ficar pronto em 30 dias.

Na última semana, um perito do IC que preferiu não se identificar, afirmou que o ônibus estava a 55 km/h no momento da batida. A velocidade foi registrada pelo tacógrafo do veículo (equipamento que monitora o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade desenvolvida pelos veículos).

Indenização

As famílias dos dois mortos na tragédia dizem não ter recebido apoio da Auto-Viação Redentor, responsável pela linha. "Nenhum telefonema de condolências. Absolutamente nada", afirma o professor Rodrigo Brantes, filho do aposentado Carlos Alberto Fernandes Brantes. "Nem sequer entraram em contato", diz Fabrício Camargo da Silva, filho do sonoplasta Edison Pereira da Silva. A família Brantes deve definir entre esta quinta e sexta (18) os termos e os réus da ação de indenização com a qual deverá ingressar na Justiça, enquanto a família Silva pretende conversar com a Redentor.

A Redentor afirma que não deixará de arcar com sua responsabilidade, mas as vítimas ou famílias devem entrar em contato.

Acidente

O acidente ocorreu em um dos horários de maior movimento na Praça Tiradentes, no Centro da capital. O ônibus havia acabado de deixar a estação tubo na praça, quando seguiu fora de controle, atingiu um taxi que estava parado na rua, furou o sinal vermelho, colidiu contra um carro, invadiu a calçada, derrubou o ponto de ônibus e entrou na loja Pernambucanas.

No momento do acidente, 30 pessoas estavam no ônibus. Das 32 pessoas que ficaram feridas, 30 tiveram ferimentos leves e duas ficaram em estado grave. Os feridos foram levados para os hospitais Evangélico, Cajuru, Trabalhador e Angelina Caron. Dois helicópteros, um da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e outro do governo do estado, auxiliaram no socorro às vítimas mais graves.

O acidente deixou dois mortos. Edison Pereira da Silva trabalhava no Teatro Guaíra como sonoplasta e era responsável pelos registros audiovisuais das produções da casa. Carlos Alberto Fernandes Brantes, de 63 anos, foi a segunda pessoa a morrer por causa do acidente. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no helicóptero a caminho do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul. Ambos passavam pela praça no momento do acidente.

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