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A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) teve em 2015 a menor proporção de calouros de escola pública em seis anos. No último vestibular, a taxa foi de 30,2% de ingressantes da rede pública. É o valor mais baixo desde 2010, quando a proporção foi de 29,4%.

Os dados são da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), responsável pelo processo seletivo da instituição. No ano passado, a proporção de calouros da rede pública havia sido de 36,9%, recorde da instituição. Internamente, equipes da universidade acreditavam que neste ano o nível poderia chegar a 38%, expectativa que foi frustrada.

O total de novos alunos da Unicamp que se declararam pretos, pardos e indígenas (PPI) também recuou. A proporção em 2015 foi de 15,7%, ante 18% no ano passado, outro recorde que havia sido atingido pela universidade.

No último vestibular, o total de inscritos de escola pública já havia caído: 26,6%, contra 27,7% na edição anterior. Já na proporção de candidatos PPI, a queda foi ainda mais acentuada. Foram 12,3% de candidatos pretos, pardos e indígenas neste vestibular e 17,7% na edição de 2014.

A Unicamp não adota cotas, mas um sistema de bonificação no vestibular para alunos de escola pública e pretos, pardos e indígenas. A Comvest informou que ajustes no sistema de bônus e a adoção de cotas são estudadas, mas precisam de aval do Conselho Universitário, órgão máximo da instituição. Se aprovadas, as mudanças já podem valer no próximo processo seletivo.

Pelo Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior de São Paulo (Pimesp), plano proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) aos reitores das três universidades estaduais, em 2015 já deveria haver 43% de alunos de escolas públicas. No ano seguinte, o patamar deveria subir para 50%.

A meta da própria Unicamp é ter 50% de estudantes de escola pública até 2017, com 35% de alunos PPI, porcentual que corresponde à distribuição populacional do Estado de São Paulo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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