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Atualizado em 28/11/2006 às 18h20

Seis pessoas foram presas preventivamente, na manhã desta terça-feira (28), acusadas de participar de um esquema que aplicava golpes em beneficiários da Previdência Social – INSS. As prisões ocorreram em Campina da Lagoa e Nova Cantu, Região Centro-Oeste do Paraná. Entre os presos estão dois vereadores e um advogado de Campina da Lagoa e um ex-vereador de Nova Cantu.

Os mandados de prisão foram cumpridos pela Promotoria de Investigação Criminal de Cascavel. Por volta das 17 horas, ainda restavam dois mandados a serem cumpridos.

As oito pessoas foram denunciadas pela prática, em tese, dos crimes de extorsão, estelionato, coação no curso do processo, constrangimento ilegal e formação de quadrilha. Na denúncia feita pelo Ministério Público (MP), o grupo é acusado de ter aplicado o golpe em diversas vítimas, a maior parte composta por pessoas idosas e/ou analfabetas.

De acordo com os promotores de Justiça, as condutas supostamente criminosas do grupo eram na procura de pessoas que estariam aptas a receber algum tipo de benefício do INSS, como pensão ou aposentadoria. Essas pessoas - a maioria muito simples e pouco instruída - entregavam documentos e assinavam procurações para que fosse obtido o benefício.

Muitos valores eram retroativos e, na hora de sacar o dinheiro no banco, os beneficiários seriam persuadidos a entregar de 90 a 100% do valor para o grupo, com a justificativa de que era necessário para cobrir os gastos que eles haviam tido com o processo todo. Os benefícios retroativos, segundo o MP, giravam em torno de R$ 5 mil a R$ 30 mil por pessoa.

Os promotores informam que todo o processo para a obtenção de benefícios do INSS é gratuito e que não é necessária a intervenção de terceiros para sua requisição. A Promotoria do MP decretou sigilo no processo e não fornecerá mais detalhes sobre o caso.

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