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Confira algumas das principais conclusões do relatório |
Confira algumas das principais conclusões do relatório| Foto:

Crescimento de laboratórios preocupa

A disseminação de laboratórios para refino e produção de drogas no Cone Sul também consta no relatório da Jife. Conforme o documento, o incremento no número de laboratórios contribuiu para aumentar o consumo da cocaína e derivados em países do Cone Sul.

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Colômbia puxa queda em plantio de coca

Segundo o relatório da Jife, a produção de cocaína caiu na América do Sul, principalmente graças à redução de 18% na área destinada ao cultivo de coca na Colômbia, que apesar disso continua sendo o principal produtor mundial da folha.

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Foz do Iguaçu e São Paulo - O uso descontrolado de medicamentos sob prescrição médica tornou-se tão preocupante quanto o consumo de drogas ilícitas. Nos Estados Unidos, o abuso de remédios já é considerado o segundo maior problema relacionado às drogas e perde apenas para o vício em maconha. O tema é um dos alertas do relatório anual da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão ligado as Nações Unidas, divulgado ontem em Viena.

Conforme o relatório, um total de 6,2 milhões de norte-americanos abusaram de remédios em 2008. A quantia supera o número somado de pessoas que usaram cocaína, heroína, alucinógenos, ecstasy e inalantes. Na Alemanha, os viciados em remédios chegam a cerca de 1,9 milhão de pessoas, conforme estimativas.

Remédios como benzodiazepínicos (tranquilizantes), analgésicos opioides e anfetaminas (como os inibidores de apetite) estão entre os mais usados pelos viciados – em doses acima ou para fins diferentes do recomendado. Muitos são de tarja preta, mas podem ser comprados na internet, contrabandeados ou falsificados.

Elisaldo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), afirma que, apesar de não haver dados que mostrem o crescimento do abuso de drogas lícitas no Brasil, na prática isso é notado. "É um fenômeno muito perigoso porque não se pode simplesmente abolir a produção desses medicamentos. São substâncias úteis para tratar doenças, o problema é o mau uso’’, diz. Ape­sar de serem lícitos, esses remédios, quando usados inadequadamente, podem trazer problemas como taquicardia, hipertensão, convulsões, tremores intensos e podem até levar à morte.

O documento da ONU indica ainda que tem crescido no mundo o uso de drogas conhecidas como "boa noite, Cinderela". Trata-se de sedativos adicionados secretamente e em altas doses à comida ou bebida de uma pessoa para reduzir sua habilidade de resistir à violência e de se lembrar do ocorrido depois.

Segundo a instituição, o uso dessas drogas por criminosos não é novo, mas tem evoluído na medida em que eles vêm substituindo a substância mais comum – o flunitrazepam (Rohypnol), restrito por convenções internacionais – por outras mais facilmente obtidas, como o GHB e a ketamina. A ONU diz que os governos devem reunir esforços para limitar o acesso a esse tipo de droga.

O flunitrazepam, por exemplo, pode fazer a pessoa dormir por dois ou três dias seguidos e há risco de grave hipoglicemia e até de morte. Já o GHB provoca um coma superficial que pode durar oito horas.

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