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Numa semana com episódios de violência em favelas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), defendeu o projeto na tarde desta sexta-feira (22) e afirmou que a vida nessas comunidades é melhor do que antes da chegada dos policiais. Para ele, os problemas que o programa tem enfrentado se deve a reação de traficantes.

"Estamos vendo aí o caso da Mangueira, agora em Manguinhos, ou na Vila Cruzeiro. Certamente, a vida nessas comunidades é muito melhor, mais tranquila do que era antes das UPPs. Ninguém tinha a ilusão que, depois de 20, 30, 35 anos de domínio do poder paralelo armado seria abandonado pelos marginais sem reações", disse ele em discurso, durante evento no Palácio Guanabara que lançou projeto para jovens moradores de favelas. Ele não concedeu entrevista à imprensa.

Na última terça-feira (19), o comércio na Mangueira fechou após a morte do traficante Acir Ronaldo Monteiro da Silva, 42, conhecido como 2K. Duas pessoas foram assassinadas na comunidade, acredita-se em represália ao homicídio do traficante.

Em Manguinhos, um grupo de cerca de 30 moradores da favela, na zona norte do Rio, bloqueou ontem a avenida dos Democráticos e lançou pedras contra ônibus que passavam na via. A Secretaria de Segurança afirmou que a confusão começou com uma briga familiar, na qual policiais da UPP interviram usando spray de pimenta.

"O processo de pacificação é de uma revolução permanente muito grande. É uma obra em construção. A gente vê, volta e meia, reações em comunidades onde a solidificação da UPP está sendo construída dia após dia. Em outras comunidades há avanços maiores", disse Cabral.

O governo estadual lançou programa de inclusão social de jovens de comunidades com UPP, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Profissionais vão atender 40 mil jovens de 20 favelas, reorientando sua vida escolar e profissional. O foco da iniciativa são pessoas fora da escola ou sem trabalho.

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