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O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoindisse nesta quinta-feira aos parlamentares da CPI dos Sanguessugas acreditar que o senador Ney Suassuna (PB), líder do PMDB, tinha conhecimento da participação de seus assessores e da destinação de suas emendas para compra superfaturada de ambulâncias. A informação foi dada pelo corregedor do Senado, senador Romeu Tuma (PFL-SP), que deixou a audiência na Polícia Federal para ouvir, em seu gabinete, Marcelo de Carvalho, assessor do líder do PMDB no Senado, no procedimento que investiga a participação de senadores no esquema de compra superfaturada de ambulâncias.

Segundo Tuma, Vedoin falou com bastante ênfase sobre assessores de Suassuna. O corregedor lembrou que existem ofícios que mostram pedidos do senador sobre emendas extras ao Ministério da Saúde. Responsável pela investigação que envolve ainda Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT) , Tuma informou que Vedoin sugeriu a quebra do sigilo de Paulo Roberto, genro da senadora, a quem disse ter dado dinheiro.

O presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), classificou o novo depoimento de Vedoin como fundamental para novas investigações. Segundo ele, com as informações dadas pelo empresário a comissão terá condição de derrubar a defesa de parlamentares suspeitos de envolvimento com a máfia das ambulâncias.

Acareação

Tuma disse ainda que vai propor que a CPI faça uma acareação entre Vedoin e a ex-servidora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino , que seria um elo com a quadrilha dentro do ministério. Antes de trabalhar na Saúde, Maria da Penha foi funcionária da Planam, empresa da família Vedoin.

O deputado Raul Jungmann (Foto: Agência Brasil) O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que também ouve Vedoin, disse que vai crescer o número de deputados investigados

A CPI quer também esclarecer suspeitas de envolvimento dos governadores de Piauí, Wellington Dias, e do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, com a máfia das ambulâncias. Segundo integrantes da comissão, assessores diretos dos governadores teriam sido citados pelo pai de Luiz Antônio, Darcy José Vedoin, no depoimento em Cuiabá.

Em depoimento de nove dias à Justiça Federal, Vedoin revelou um mapa detalhado do esquema de fraude. Mas a CPI também decidiu convocá-lo para esclarecer alguns pontos contraditórios, necessários à conclusão do relatório, que será divulgado no próximo dia 10.

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