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O advogado Celso Vilardi desafiou nesta terça-feira o delegado Marcelo Moselli, encarregado das investigações sobre a máfia dos vampiros, a divulgar o conteúdo das conversas gravadas e todos os demais supostos indícios encontrados contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Segundo o advogado, não há um único diálogo que vincule Delúbio à quadrilha acusada de desviar R$ 2 bilhões do Ministério da Saúde com superfaturamento de hemoderivados e outros medicamentos.

Relatório da Polícia Federal encaminhado ao Ministério Público acusa Delúbio e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa de envolvimento com os vampiros.

- É um relatório tendencioso. Diz que tem grampo, mas não mostra o grampo. Que relatório é esse que coloca a acusação, fala da folha 7.742 e não diz do que se trata. Se for só para a imprensa, não vale. É uma acusação kafkiana - disse o advogado.

Segundo ele, não existe em nenhum trecho do relatório o nome de Delúbio Soares. No documento, em várias conversas, lobistas e empresários fazem referências a uma determinada pessoa mencionada apenas como "Deo", "ele" ou "chefe". Para Celso Vilardi, essas informações não autorizam o delegado a concluir que se trata de Delúbio.

O advogado confirmou ainda que Delúbio manteve contato com o lobista Laerte Arruda Correa Jr, apontado pela PF como um dos principais integrantes da máfia dos vampiros. O advogado disse ainda que Laerte foi indicado como representante em três laboratórios que fizeram doações para a campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Segundo ele, as doações foram devidamente registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

- O delegado fez um relatório parcial, opinativo, coisa que nunca deveria ter feito. O papel do delegado é relatar, não opinar - disse Vilardi.

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