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Integrantes da Rede Sustentabilidade e do PSB no Paraná se reúnem na noite desta segunda-feira (4), em um hotel de Curitiba, para articular a aliança dos grupos nas eleições do ano que vem. É a primeira reunião oficial desde a filiação de Marina Silva ao PSB e o "racha" que isso gerou entre os militantes da Rede no estado. Alguns militantes seguiram a recomendação da ex-senadora e se filiaram ao partido e outros decidiram ir para o PV, em discordância com o provável apoio do PSB à reeleição do governador Beto Richa (PSDB).

Os dois "polos", formados pelos que se ligaram ao PSB e os que foram ao PV, devem conversar para elaborar um programa único para o ano que vem. Isso porque o encontro desta noite conta com alguns possíveis candidatos a algum cargo nas eleições de 2014 - mesmo que abrigados temporiaramente em outro partido.

Essa pelo menos é a intenção do PSB. Os filiados ao PV, porém, aceitaram conversar. Mas deixam claro que não aceitam dividir palanque com Richa. A tendência é que eles apoiem a deputada Rosane Ferreira (PV), que declarou nos últimos dias ser pré-candidata ao governo. "Não há sinalização de aproximação [entre os grupos do PV e PSB] e muito menos com Beto Richa, já que 99,9% dos membros da Rede não se sentem representados por ele", afirma Eduardo Reiner, coordenador estadual da Rede e filiado ao PV.

O presidente do PSB no estado, Severino Araújo, não esconde que a intenção é decidir de uma vez como será o posicionamento do grupo para o ano que vem. Mas evita dizer que haverá qualquer tipo de "direcionamento". "Nós temos posições formais para 2014 que vão ser colocadas. Vamos discutir em pauta o apoio pro ano que vem, discutindo a posição que nós temos e a posição que eles têm. Mas não dá pra falar se vamos apoiar Richa ou Rosane, até agora só tivemos conversas informais", comenta.

Alfredo Parodi, coordenador de Curitiba da Rede e filiado ao PSB, diz que o diálogo entre os dois lados será possível porque haveria liberdade para integrantes da Rede escolherem o apoio das eleições independentemente do partido escolhido para se filiar. "Se o PSB escolhe apoiar determinado candidato e não estivermos de acordo, não seremos obrigados. Somos independentes", afirma. Em sua última passagem por Curitiba, no dia 24, Marina disse que os partidários da Rede não precisam apoiar candidatos ligados ao PSB.

Do total de 1,4 militantes da Rede no Paraná, Parodi contabiliza que sete se filiaram ao PV e outros quatro (sendo que um está sob júdice) foram ao PSB. Já Reiner soma 13 filiações ao PV e três ao PSB. A filiação a um dos partidos é um indicativo de que eles poderão se candidatar nas eleições, mas tanto Parodi quanto Reiner evitam citar nomes que com certeza sairão a algum cargo.

O "refúgio" no PSB e no PV se deu depois que o Tribunal Superior Eleitoral negou o registro da Rede. O combinado é de os membros disputarem as eleições do ano em outro partido e depois migrarem de volta para a Rede quando a legenda for consolidada, depois das eleições.

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