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O deputado estadual Nélson Justus (PFL) deve ser o próximo presidente da Assembléia Legislativa, no lugar de Hermas Brandão (PSDB). A eleição só ocorre em 1.° de fevereiro, mas a bancada do PT decidiu ontem declarar apoio ao pefelista e definiu a disputa. A decisão enfraqueceu a candidatura do principal adversário de Justus, o deputado Nereu Moura (PMDB), que decidiu abrir mão de concorrer.

Os seis deputados do PT desmontaram o bloco de apoio que Moura estava tentando formar. Sem o apoio de Alexandre Curi, que estava em campanha na chapa de Justus como primeiro secretário, o deputado perdeu também os votos de outros peemedebistas, como o presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, o líder da bancada, Antônio Anibelli, e Caíto Quintana.

Os três eram pré-candidatos e buscavam com Nereu Moura um nome de consenso na bancada, mas sem entendimento, decidiram ontem assinar um documento de apoio ao pefelista.

Na esteira do PT e do PMDB, os tucanos que estavam com Nereu Moura também retiraram o apoio, como Nélson Garcia (PSDB), apontado como candidato a primeiro secretário na chapa do peemedebista.

Os novos aliados ganharam participação na mesa executiva. Antônio Anibelli será vice-presidente da Assembléia, e Luciana Rafagnin (PT) ocupará a segunda secretaria.

Os petistas afirmaram que o que mais pesou na escolha foram as propostas. "Justus defende que as decisões sejam tomadas por toda a mesa executiva e não só pelo presidente", disse Luciana Rafagnin.

O partido estipulou um prazo até o recesso parlamentar esperando um consenso no PMDB. "Mas quando vimos os deputados do próprio partido do Nereu assinando um documento de apoio a Justus, decidimos também fechar questão", explica o presidente estadual do PT, André Vargas.

O deputado Dobrandino da Silva garante que aderiu à chapa de Nélson Justus depois que os petistas declararam apoio. "O PT definiu a eleição. No momento em que o governador sinalizou que não veta ninguém, deixou a base livre para escolher", afirmou.

Para Caíto Quintana, a presidência da Casa não poderia detonar uma "guerra interna" e o entendimento foi a melhor solução.

O deputado Nereu Moura disse que retirou sua candidatura para não criar obstáculos ao governador Roberto Requião, que trabalha para construir uma base sólida na Assembléia Legislativa. "Sou um homem de partido, não tenho vaidades pessoais. Abro mão em favor de um projeto de governo", afirmou. Ele não descarta a possibilidade de disputar a eleição para presidente em 2009.

Os apoios definiram a eleição, mas Nélson Justus – que já foi presidente da Assembléia em 2000, após a morte de Aníbal Khoury – espera a confirmação em fevereiro. Ele garantiu que todos os deputados da mesa executiva terão participação direta nas principais decisões da Casa. "Fico muito feliz por ter essa parceria", disse.

Outras propostas da chapa Justus–Alexandre Curi são a informatização da Casa, a transparência nas ações do Legislativo.

A mesa executiva é formada por nove cargos: presidente, três vice-presidentes e cinco secretários. O mandato é de dois anos.

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