• Carregando...

Começou às 15h35 desta terça-feira (2) o depoimento do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix, na CPI dos Grampos, da Câmara. Félix está no Congresso para dar explicações sobre a denúncia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), subordinada ao GSI, teria realizado escutas telefônicas ilegais contra políticos e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).

O diretor-adjunto da Abin, José Milton Campana, acompanha o general Félix na comissão e também prestará depoimento nesta terça-feira. Campana é um dos diretores da Abin afastados após a denúncia de grampo contra o STF. Ele irá falar após o depoimento do ministro-chefe da GSI.

A convocação de Félix pela CPI já estava aprovada, mas o depoimento só acontece devido à nova denúncia. O presidente da comissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), fez a convocação imediata, que foi atendida pelo general. De acordo com o GSI, é intenção de o próprio órgão explicar o fato.

O GSI é responsável por todo o aparato de segurança da Presidência da República. A Abin é subordinada a este órgão. Na CPI, os parlamentares devem explorar as circunstâncias do afastamento temporário da cúpula da Abin, determinado na segunda-feira (1º) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em uma reunião com o presidente Lula e senadores na segunda-feira, o general Félix levantou algumas possibilidades sobre o grampo que registrou a conversa entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Entre as hipóteses levantadas está a que o verdadeiro autor do grampo seria o banqueiro Daniel Dantas, que teria o objetivo enfraquecer o diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, afastado na noite passada por Lula.

Antes dos depoimentos do ministro-chefe do GSI e do diretor-adjunto da Abin, a CPI dos Grampos aprovou a convocação de Ailton Carvalho de Queiroz, chefe de segurança do STF. Ele assinou um relatório interno apontando indícios de monitoramento ambiental na sala de um assessor do presidente do STF, Gilmar Mendes.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]