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O líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), desafiou o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a participar de uma prévia na base aliada para que se tenha um candidato único na disputa pelo comando da Câmara. Chinaglia fez a proposta assim que saiu de encontro com o presidente do PMDB, Michel Temer. Mais cedo, Aldo partira para o ataque ao fazer a Temer proposta igual à feita pelo PT, comprometendo-se com a candidatura do PMDB em 2009 em troca de apoio agora.

- Eu proponho um esforço de ter uma candidatura única na base. A escolha seria feita através de uma reunião ampla. Me submeto a uma prévia ou a um mecanismo que seja mais límpido e acho que ganho a prévia - disse o petista.

Chinaglia esclareceu que a prévia seria feita apenas na base aliada. Questionado se não poderia ser um critério mais amplo, já que Aldo Rebelo tem apoio de partidos de oposição, o petista reagiu dizendo que nunca consegue satisfazer as pessoas.

- Quando dizem que sou anti-Lula, reclamam. Quando agora proponho uma candidatura só na base, também reclamam. Eu não estou entendendo - disse Chinaglia, referindo-se ao fato de ser acusado de criar problema para o presidente Lula ao lançar sua candidatura.

Chinaglia ironizou a proposta de Aldo Rebelo de também se comprometer com a candidatura do PMDB em 2009.

- Eu tomo isso como elogio. Significa que fizemos um movimento correto quando propusemos esse acordo ao PMDB.Petista faz nova oferta ao PMDB

Chinaglia fez uma nova proposta para tentar garantir o apoio do PMDB. Além do acordo de apoiar uma candidatura peemedebista em 2009, está disposto a abrir mão da segunda escolha a que o PT tem direito em favor do PMDB já em 2007. E provocou Aldo ao dizer que somente PT e PMDB têm condições de fazer acordo como esse.

- Esse é um acordo intransferível porque é um acordo entre as duas maiores bancadas, que só o PT e o PMDB podem fazer - disse o petista.

O líder governista disse ainda que, além do PT, sua candidatura já tem o acordo de PL, PTB, PP, PPS e já está bastante avançada na negociação com PDT e PV.

- Do ponto de vista individual, só falta o apoio do PCdoB - ironizou Chinaglia, referindo-se ao partido de Aldo Rebelo.

O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao lado do presidente do PMDB, deputado Michel Temer, para discutir a eleição da mesa da CasaDepois do encontro, Temer reiterou que vai consultar a bancada do partido para decidir sobre um ou outro candidato. Ele disse que no partido há quem defenda o apoio a Aldo, outros a Chinaglia e os que querem uma candidatura própria do partido. Mais cedo, Temer esteve na casa de Aldo Rebelo para discutir a sucessão na Câmara.

Já Aldo ficou de consultar os partidos que o apóiam sobre a possibilidade de assinar um documento garantindo apoio a um candidato do PMDB em 2009, caso o partido o apóie agora em 2007 na disputa pelo comando da Câmara. Aldo disse que é possível a produção documento, mas pediu tempo ao presidente do PMDB, Michel Temer, para consultar os partidos.

- Precisamos apenas consultar os partidos que me apóiam sobre o conteúdo e a natureza desse documento, que no fundamental pediria apoio a minha candidatura e reconheceria ao PMDB, por seu protagonismo, o direito de presidir a Câmara daqui a dois anos - disse.

Segundo Aldo, Michel Temer não pediu que ele retirasse sua candidatura, embora defenda uma candidatura única na base aliada.

- Ele acha que a minha candidatura pode ser uma candidatura representativa da Casa. O meu lema agora é o do corneteiro de Pirajá. O toque de avançar a cavalaria - disse.

Ao comentar a afirmação de seu adversário na disputa, que pôs em dúvida que ele já tenha o apoio do PFL e do PSDB, Aldo respondeu:

A dúvida é o princípio da ciência ou da falta de informação.

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