A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota defendendo a reforma política, como forma de evitar fatos como a decisão tomada nesta semana pelo Congresso Nacional de aumentar para R$ 24.500,00 os salários dos parlamentares. "Um salário de R$ 24.500,00, diante do salário mínimo de apenas R$ 350,00 sinaliza mais interesses particulares do que a defesa da justiça ou gesto de partilha em solidariedade à população empobrecida", diz a nota.
O órgão máximo de representação da Igreja Católica ressalta que são necessários "instrumentos legais para inibir decisões como essa, que obscurecem a dignidade da política".
O assunto vai ser abordado nos sermões deste domingo (17), durante a celebração de missas nas igrejas, em que será feita a pergunta: "O que devemos fazer?". A CNBB lembra que, diante dessa pergunta, o apóstolo João Batista "respondia com simplicidade, oferecendo critérios éticos de ação para a defesa da dignidade da pessoa humana: a partilha, a justiça e o poder como serviço".
"Esta decisão dos membros do Parlamento leva a crescer o fosso entre os legisladores e o povo. Acontece que eles foram eleitos pelo povo para o poder-serviço", diz a CNBB.
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