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Olho vivo

Ranking

Curitiba está sempre bem colocada em quase todos os rankings que volta e meia a imprensa publica. Por exemplo: a capital do Paraná figura entre as 300 melhores cidades do mundo para se viver. Das 50 cidades mais violentas do planeta, Curitiba aparece em 39º lugar. É também uma das 10 cidades mais sustentáveis, pouco atrás de Reykjavik, capital da civilizada Islândia. O último ranking nacional acaba de ser divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE): é de Curitiba o candidato que ocupa o segundo lugar entre os dez que mais arrecadaram dinheiro de doadores de campanha no país. A boa colocação foi alcançada por Luciano Ducci, que amealhou R$ 2.450.000,00, pouco atrás do prefeito do Rio, Eduardo Paes (também candidato à reeleição), com R$ 2,8 milhões.

Vandalismo 1

A campanha em Curitiba está virando caso mais de polícia do que de política. Não passa um dia sem notícias de vandalismo contra a propaganda eleitoral de rua dos candidatos a prefeito. Todos têm sido vítimas desse desrespeito – e todos acusam seus adversários como mentores dos estragos que sofrem. Ontem, porém, o baixo nível da campanha atingiu um novo patamar quando foram flagradas, no bairro do Batel, pessoas distribuindo panfletos apócrifos.

Vandalismo 2

Os panfletos, em tudo parecidos com a propaganda de Gustavo Fruet, informavam que o candidato seria favorável à ocupação de 60 mil imóveis supostamente ociosos existentes em Curitiba e para serem destinados a moradores de rua. A Polícia Federal e a Justiça Eleitoral foram acionados. Das investigações preliminares já surgiram indícios sobre quem seriam os mandantes.

Farelo

Rafael Greca pode até não ganhar a eleição, mas cumpre a previsão de ser o grande diferencial da campanha. Uma de suas "sacadas" de gosto popular apareceu no comercial em que mostra asfalto na Rua Vicente Machado se soltando e virando farelo em suas mãos. Mas a prefeitura foi rápida: ontem cedo operários consertaram o estrago denunciado pelo candidato do PMDB.

A pesquisa Ibope/RPC não se reduz a pontuar os candidatos e a indicar qual deles, no momento das entrevistas, seria o eleito. A pesquisa tenta captar também as "sensações" do eleitorado. Por exemplo: o prefeito Luciano Ducci, em sua tentativa de se reeleger, figura em segundo lugar, com 23% das intenções de voto – quatro pontos porcentuais abaixo do primeiro colocado, Ratinho Jr. Entretanto, quando os entrevistados são confrontados com a pergunta "Independente da sua intenção de voto, na sua opinião, quem será o próximo Prefeito de Curitiba?", Ducci aparece em primeiro lugar, bem distante dos outros dois principais adversários.

Para 33% dos entrevistados, o prefeito permanecerá no cargo, enquanto que 24% apostam que o eleito será Ratinho Jr. Gustavo Fruet fica em terceiro, com 16%. A tradução desses dados é: apenas 23% se dizem dispostos a votar em Ducci, mas 33% acreditam que é ele quem vencerá a eleição.

Trata-se de um dado que não pode ser desprezado, pois nele está embutido um sentimento que não se reflete necessariamente nos índices da pesquisa estimulada, que servem apenas de medida quanto à preferência do eleitor em determinado momento. Tal sentimento é aquele de onde brota o famoso "já ganhou!" – que tanto tem o poder de tornar relapso o beneficiário (a ponto, às vezes, de levá-lo a perder a eleição) quanto o de estimular os indecisos a assumir o condenável costume de "não perder o voto", ou seja, de votar naquele que mais lhe dá a impressão de que vai ganhar.

Por enquanto, segundo o Ibope, Luciano Ducci detém a primazia de contar com tal impressão por parte de um terço do eleitorado curitibano. Compete aos adversários reverter a situação, um trabalho que certamente vai além da propaganda eleitoral clássica para adentrar na área mais científica da psicologia das massas. Algo com o quê, se bem direcionados para este objetivo, os programas de rádio e tevê podem contribuir.

Gustavo Fruet e Ratinho Jr. têm este desafio pela frente, isto é, de conter o crescimento da relativa sensação de "já ganhou" que favorece Luciano Ducci, embora em porcentual que, no presente momento, apenas parece colocá-lo numa vaga para disputar o segundo turno.

Metodologia

A Pesquisa Ibope, contratada pela RPC, foi realizada entre os dias 21 e 23 de agosto com 602 entrevistas na capital. A margem de erro é de 4 pontos porcentuais, para mais ou para menos.O registro no TRE-PR é 00066/2012.

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