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Olho-vivo

Bate-chapa

Duas chapas se inscreveram para concorrer à eleição da Federação das Indústrias, marcada para 3 de agosto. A de situação, encabeçada por Edson Campagnolo, e a de oposição, presidida pelo ex-deputado e secretário licenciado da Indústria e Comércio Ricardo Barros. Registrada sexta-feira, meia hora antes do prazo final, a chapa de Barros ainda passava pelo crivo da regularidade dos documentos dos seus 54 componentes. A confirmação só se dará na terça-feira.

Tempo quente

Os líderes das bancadas foram chamados para reunião extraordinária às 11h de quarta-feira pelo presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni. O tempo tende a esquentar: ele vai apresentar a lista dos que, à custa de irregularidades, se aposentaram com poupudos salários. Da relação consta gente importante, incluindo ex-deputados. Rossoni pretende anular essas aposentadorias.

Ligações

Pelo menos dois dos envolvidos nos escândalos que derrubaram o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, tiveram alguma ligação com o Paraná. O chefe do esquema no MT, Mauro Barbosa, foi secretário-executivo do ministério do Esporte no período em que Rafael Greca comandava a pasta. E o ex-diretor do Denit Luiz Pagot teve polêmica passagem pelo estado há um mês. Em reunião em Cascavel, ele recomendou aos presentes botar fogo nas praças de pedágio como protesto contra as altas tarifas.

O deputado Caíto Quintana, líder da bancada do PMDB na Assembleia, trabalha febrilmente ainda neste domingo para sair-se bem de uma missão que, para muitos, se afiguraria impossível. É dele a tarefa de conseguir um consenso dentro do diretório curitibano do partido antes que, no próximo dia 17, quando haverá convenção, o partido chegue irremediavelmente dividido.

Como se sabe, o diretório é hoje comandado por Doático Santos, o mais fiel dos escudeiros de Requião. Requião não quer mais intermediários ocupando essa função e ele próprio se diz candidato a ocupar a presidência – posição que lhe daria poderes para conduzir pessoalmente a participação do partido nas eleições para a prefeitura de Curitiba em 2012.

Acontece que tem gente, em numerosa quantidade, que não acha conveniente ter o senador nesse cargo. Seria, digamos, um estorvo à natural flexibilidade de comportamento político que o grupo dos contrários acredita ser essencial para a legenda durante o curso dos acontecimentos que antecederão o 7 de outubro do ano que vem.

Há nomes de peso entre os que brigam para que Requião não se eleja presidente. Entre eles, apenas para citar um exemplo, o ex-governador Orlando Pessuti, de seu grupo de contantes na convenção. Mas há também os chamados "neutros", militantes que entre um e outro grupo, preferem a paz e a concórdia. O deputado Caíto faz parte desse grupo.

Por isso, ele foi o escolhido para conversar com toda as partes, visando a formação de uma chapa para o diretório que represente um meio termo – que na linguagem política toma o nome de consenso. Se tiver sucesso, é desta chapa (então única) que sairá o nome do presidente da Executiva, o órgão mais forte e decisivo do partido.

Pelo andar da carruagem, um dos nomes de consenso para ocupar a presidência da Executiva encontra-se o de Renato Adur. Ex-deputado, ex-secretário de Desenvolvimento Urbano (governo Requião) e ex-presidente estadual do PMDB. A seu favor conta o fato de que ele transita com desenvoltura entre todas as tendências.

Segundo boas fontes, Caíto não tem tratado em suas conversações sobre a mais eletrizante questão com que o partido terá de se haver em futuro muito próximo: a escolha do candidato a prefeito de Curitiba. No momento, o candidato extra-oficial é o ex-prefeito e ex-deputado Rafael Greca, já em franca campanha.

Ele foi lançado por Requião para cumprir o papel de barreira contra o ingresso de Gustavo Fruet na legenda assim que se desligar do PSDB, uma possibilidade ainda não totalmente confirmada. Greca tem cumprido bem o papel de barreira, embora seu preceptor, o senador Requião, já tenha dado mostras de que não colocará empecilhos à eventual decisão de Fruet de refiliar ao partido do qual saiu em 2004 porque não o fez, já naquele ano, candidato à prefeitura.

Mas o pensamento predominante entre os defensores do consenso é que, um diretório assim constituído, teria mais legitimidade e força para tomar o caminho que pareça politicamente mais conveniente. Ou seja, manter o apoio a Rafael Greca ou se, conforme as circunstâncias, lançar e/ou apoiar Gustavo Fruet.

A convenção do próximo domingo dará as primeiras pistas.

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