• Carregando...

Olho vivo

Homenagem 1

A comunidade do bairro Laranjeiras, em Piraquara, e amigos do professor Belmiro Valverde, falecido dia 29 de março passado, se reunirão nesta segunda-feira para ato em homenagem à sua memória: será inaugurada uma placa com seu nome para batizar o prédio em que funciona o Centro de Educação João Paulo II, fundado por ele. A cerimônia será às 11h, na sede da escola, na Rua Estéfano Kavetski, 65, em Piraquara.

Homenagem 2

Elizabeth Bettega Castor, viúva de Belmiro e que assumiu a presidência do Centro, afirma que a homenagem representará a solidez da obra deixada pelo marido. "Hoje o Centro é uma instituição reconhecida graças à dedicação do meu marido e não vamos deixar isso acabar. Muitas crianças ainda serão atendidas pelo nosso projeto", assegurou. Atualmente, o Centro, que completou quatro anos, atende 282 alunos carentes de 3 a 13 anos, com ensino integral das 8h às 16h30 na educação infantil (3 a 6 anos) e programa de contraturno de 4 horas diárias para estudantes da rede pública.

EstaR

Donos de bancas de jornal de Curitiba organizam protesto na quarta-feira contra a decisão da prefeitura que deu exclusividade às lotéricas para venda de cartões do EstaR. Eles irão à Câmara Municipal pedir que vereadores influam perante o prefeito para que devolva aos banqueiros o direito de também comercializarem os talões. Levam dois argumentos principais: 1) as bancas estão mais presentes na cidade e oferecem mais comodidade para quem precisa do EstaR; 2) a Caixa Econômica e as lotéricas cobram comissões para prestar o serviço, ao contrário das bancas, que o fazem gratuitamente.

No princípio, era a Construtora Andrade Gutierrez associada à Copel e aos fundos de pensão reunidos sob a denominação de Daleth. Todos juntos, recebiam o nome de Grupo Dominó, dono de 39,7% do capital votante da Sanepar. Outros 60% pertenciam ao governo estadual.

Agora as coisas mudaram um pouco. Num inteligente jogo de trocas de ações, sem movimentar um só tostão em espécie, a Copel e os fundos de pensão diminuíram suas participações no Dominó, a tal ponto que a Construtora Andrade Gutierrez passou a ser dona de 51% no grupo. O que, na prática, significa que Dominó e Andrade Gutierrez são uma só entidade.

Neste troca-troca de posições, o Grupo Dominó teve diminuída sua participação no capital votante global da Sanepar daqueles 39,7% para "apenas" 24,7%. Em contrapartida, o estado ampliou sua parte de 60% para 74,97%.

Graças a isso, o governo agora pode trombetear: bem ao contrário do que diziam os críticos que temiam que a Sanepar estava sendo privatizada, Beto Richa responde que a Sanepar passou a ser mais estatal do que antes.

Até aí tudo bem. Agora vejamos, na prática, quem de fato "manda" na Sanepar a partir do troca-troca das posições acionárias – se o estado ou se o sócio privado.

E daí vamos encontrar a seguinte situação: o pacto de acionistas firmado com o Grupo Dominó em 1998 foi mantido, salvo pelo fato de que, no ano passado, o governo Beto Richa reformulou uma cláusula importante: reduziu a apenas 10% a quantidade de ações que dão direito ao seu detentor de fazer parte da direção da Sanepar.

Por esse pacto, o Dominó tem direito a três diretorias estratégicas: a Superintendência, a Financeira e a de Operações. E continuará tendo – com a diferença de que a Andrade Gutierrez passou a controlar sozinha o Dominó por deter 51% do grupo.

Antes, a Andrade Gutierrez, com 27,5%, dividia o poder no Dominó com a Copel (45%) e com o Daleth (27,5%). Os três sócios, nenhum deles majoritário, ocupavam, cada um, uma das três diretorias. A partir de agora, sob a nova condição de majoritária, a Andrade Gutierrez pode indicar sozinha as três diretorias. Isto é, uma empresa privada que detém apenas 24,7% do capital da Sanepar continuará ocupando as mesmas três estratégicas e decisivas diretorias.

Com um detalhe suplementar que não pode ser esquecido: com a mudança feita no pacto de acionistas no ano passado, bastaria ao Dominó deter apenas 10% do capital votante para manter o mesmo poder de mando. Isso quer dizer que o Dominó ainda tem um "saldo" de 14,7% de ações que pode queimar na Bolsa sem que isto lhe signifique perda de poder no controle efetivo da companhia.

A engenharia é inteligente: muda-se tudo para que tudo continue tão igual quanto antes para o sócio privado. Ou até bem melhor.

Dê sua opiniãoO que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]