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O deputado Durval Amaral, do PFL, diz que as alianças na política nativa se aproximaram, nos últimos dias, de obsceno troca-troca de parceiros.

Vamos lá. O PMDB de Requião se abraça ao PSDB de Alvaro Dias. O PPS de Rubens Bueno namora com o PFL de Abelardo Lupion. O PT de André Vargas flerta com o PTB dos irmãos Simões.

Ou seja, os acordos de 2002 e 2004 já não valem. Aliados das eleições anteriores agora estão em trincheiras opostas e os adversários se juntam no mesmo barco.

Esses conchavos de cúpula mostram que, para estar no poder, nossos políticos fazem qualquer acerto. E o período é propício. A Copa do Mundo de futebol desvia o olhar do cidadão das manobras que podem provocar constrangimentos.

Por trás do jogo de dissimulações prevalece o vale-tudo. O poder merece tamanha desfaçatez porque proporciona a oportunidade de fazer qualquer negócio. O poder, senhores, é uma maravilha. Dá-se emprego aos de casa e aos do auditório, socorrem-se os apaniguados, por aí vai.

Assim se desenrola a vida de um estadista tupiniquim. Vida boa. Marcada apenas pela preocupação de ficar no trono pelo maior prazo possível.

Na política nativa, esse espírito macunaímico é uma praga pior que a maria-sem-vergonha. Chamam a isso de bom senso. E lá vêm os mestres do pragmatismo a recomendar os entendimentos mais incríveis entre políticos que pareciam, ainda ontem, antípodas, inimigos irreconciliáveis pelas divergências ideológicas e de métodos.

Na geléia macunaímica, vinga o populismo, o poder é mafioso e a mídia é o seu instrumento. (Sem contar que Macunaíma não tem ideologia, está em todo canto.) Mas Amaral tem razão. As mazelas da política são antigas, mas nunca, antes, foram expostas com tanta naturalidade.

Segue o baile – Desde que o TSE recuou e restabeleceu a possibilidade do PMDB fazer a aliança que quiser nos estados, contanto que não lance candidato à Presidência, segue o entendimento feito em Brasília entre tucanos nacionais e peemedebistas da província.

Só falta amarrar – Segundo Dobrandino Gustavo da Silva, presidente do PMDB estadual, os acertos estão prontos. Só falta amarrar. O presidente da Assembléia, Hermas Brandão, será o vice de Requião e o candidato ao Senado será Alvaro Dias, garante ele.

Magoou fundo – A rapaziada do comitê Lula-Requião está de luto. Comandada por Doático Santos, do PMDB, Walter Sâmara, do PTB, e Joel Benin, do PC do B, repudiaram a aproximação do PMDB estadual com o PSDB.

Foto com Lula – Amigo de Lula, cartorário e empresário, Walter Sâmara desistiu de disputar uma vaga na Câmara Federal. Cedeu lugar a Jocelito Canto. Os dois estiveram na Granja do Torto e chegaram a fazer fotografias ao lado do presidente Lula.

Sai de cena – A advogada Lúcia Simões, irmã dos petebistas Íris e Carlos Simões, pediu demissão da assessoria jurídica do governador Requião. Para evitar constrangimentos, pois os Simões vão apoiar o presidente Lula no Paraná.

Mansos, carinhosos – Depois de levar uma chamada em Brasília, o presidente do PT estadual, André Vargas, mudou de discurso. Passou a dizer que o PT nativo sempre foi próximo do governador Requião. Lamenta apenas que Requião não continue como dantes e lembra que em 2002 o governador "não sujou sua biografia subindo no palanque de FHC".

Tucanos de estrela – Os vereadores João Cláudio Derosso, Rui Hara, Celso Torquato, Paulo Frote, Nely Almeida e o suplente Luís Ernesto vão neste sábado para Belo Horizonte, onde participam amanhã da aclamação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato do partido à Presidência da República.

Rumo ao Planalto – Antes e durante a convenção, os vereadores terão uma agenda pesada. Estão marcadas reuniões com assessores de Alckmin para definir a tática de campanha do tucano no Paraná. O presidente do diretório municipal, João Cláudio Derosso, será um coordenadores para Curitiba

Lei eleitoral – O deputado Artagão de Mattos Leão reuniu correligionários em Irati, Laranjeiras do Sul e Guarapuava para, juntos, interpretarem as mudanças na lei eleitoral que proíbem a realização de showmícios e distribuição de brindes.

Punição – Se depender do deputado Tadeu Veneri, as empresas que discriminarem mulheres no mercado de trabalho serão discriminadas. Projeto já foi apresentado na Assembléia.

Farpa – "Requião só foi eleito em 2002 porque o PT entrou na campanha. O Paraná inteiro sabe disso", do ministro do Planejamento Paulo Bernardo.

Não ofende – O PT paranaense resolveu amansar as relações com Requião?

As boas – O Ministério da Saúde pretende vacinar hoje 17 milhões de crianças contra a paralisia infantil. Cerca de 340 mil profissionais de saúde e voluntários estarão nos 117 mil postos de vacinação no país.

As más – A produção industrial caiu em seis das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE em abril, na comparação com igual mês do ano passado. No Paraná a queda foi de -6,3%.

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