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Seis dias depois do anúncio de seu afastamento, o diretor de operações dos Correios Carlos Roberto Samartini foi enfim exonerado do cargo. O decreto de exoneração foi publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, um dia depois de o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, ter sido questionado sobre o assunto pelo jornal "O Globo". Segundo funcionários da estatal, até quarta à noite Samartini despachou normalmente em seu gabinete e teria até participado de uma reunião da diretoria no fim da manhã.

Carlos Henrique Custódio anunciou o afastamento de Samartine na sexta-feira passada, no auge das denúncias sobre novas fraudes nos Correios, mas ele continuou trabalhando desde então. Samartini é suspeito de envolvimento com o empresário Marco Antônio Bulhões, um dos cinco presos pela Operação Selo, da Polícia Federal. Amparada numa autorização da 10ª Vara da Justiça Federal, a polícia fez buscas e apreendeu documentos em endereços de Samartini no Rio de Janeiro e em Brasília.

Os procuradores da República Bruno Acioli e José Alfredo de Paula entregaram quarta-feira ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, e a Custódio, cópia do inquérito da Operação Selo. Foram entregues até mesmo gravações comprometedoras de conversas de empresários e lobistas com servidores dos Correios. Os procuradores recomendaram que os Correios abram sindicância contra três servidores. Além de Samartini, estão sendo investigados mais dois servidores dos Correios: Luiz Carlos Garritano e Sérgio Dias.

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