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Em meio às denúncias de uso de notas frias para justificar saques no cartão corporativo da Presidência da República, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou nesta terça-feira que o governo federal vai fazer um cadastramento para compras de pequeno valor. A ministra disse que abriu sindicância para apurar as denúncias e ficou constatado que a FR Comércio Serviço e Representação Ltda, emissora de quatro notas referentes a compras de cartuchos de tinta para impressora, era fornecedora da Presidência da República e de outros órgãos do governo federal, como universidades, desde 2000, portanto, antes do governo Lula.

- O que é lamentável é que se divulgue que o governo estava recebendo nota fria. Se a empresa tem alguma irregularidade, ela tem uma irregularidade há muito tempo. Nós somos os maiores interessados em apurar essa questão das notas frias. Tem certo tipo de acusação que não pode ser levantada levianamente. Abri uma sindicância, mas essa mesma empresa é fornecedora desde 2000 para vários órgãos federais. Queríamos ver se a empresa era uma fornecedora sistemática da Presidência da República - afirmou.

Segundo a ministra, a sindicância comprovou que o governo fez compras da empresa nos anos de 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004, ano em que houve uma redução das compras. Em 2005 não consta nota fiscal dada pela empresa. Documentos enviados pela Presidência ao Tribunal de Contas da União (TCU), divulgados pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), mostram que uma funcionária da Presidência usou pelo menos quatro notas frias para justificar saques em dinheiro no cartão corporativo.

As despesas são referentes a compra de cartuchos, mas a FR aparece no registro da Receita Federal como uma companhia da área de alimentos. No endereço registrado na Receita funciona um pequeno comércio de alimentos e não há cartuchos de impressora para venda.

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