Cela de Arruda tem beliche, mesa e sofá| Foto: Divulgação/PGR
Sala onde Arruda está preso
Imagem de sofá e armário na sala onde governador afastado está detido na PF
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O presidente da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PT), determinou ao deputado Batista das Cooperativas (PRP), primeiro-secretário da Casa, que volte à Superintendência da Polícia Federal na segunda-feira para notificar o governador licenciado, José Roberto Arruda (ex-DEM), preso por obstrução da Justiça, do processo de impeachment que corre contra ele.

A abertura do processo de impeachment foi aprovada na quinta-feira (4) pelo plenário da Câmara. A aprovação foi unânime. Agora, José Roberto Arruda precisa ser notificado para que o prazo de 20 dias que ele tem para apresentar defesa comece a correr. Com a defesa em mãos, o relator do processo, deputado Chico Leite (PT), fará um novo parecer. O texto precisa ser aprovado por uma Comissão Especial e de novo pelo plenário. Até antes desta votação em plenário, o governador afastado pode renunciar para preservar seus direitos políticos.

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Nesta sexta-feira (5), Batista das Cooperativas foi à PF acompanhado do procurador da Câmara, Fernando Nazaré, mas não conseguiu notificar o governador licenciado, que se negou a assinar o documento. Arruda disse ao deputado que só assinaria a notificação se nela estivesse anexado o inquérito do processo. "Ele não vai se defender do que ele não conhece", disse o advogado de Arruda, Nélio Machado.

O deputado poderia, na função de oficial de Justiça enviado pela Câmara Legislativa, intimar o governador afastado mesmo sem que o mesmo tivesse assinado o documento. Isso poderia ocorrer se duas testemunhas assinassem um termo de que Arruda foi notificado, mas se recusou a assinar. Mas, aliados do deputado explicaram que ele achou melhor não notificar o governador à revelia.