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Brasília - Pressionada por partidos aliados, que ameaçam com retaliações na eleição para a Câmara dos Deputados e em votações importantes no Congresso, a presidente Dilma Rousseff desistiu ontem de ampliar o núcleo de coordenação política do governo para incluir um representante do PMDB – o principal partido insatisfeito com a divisão de poder no Planalto. Ao menos por enquanto, a ideia é manter fechado o núcleo para facilitar as conversas com aliados, principalmente com os peemedebistas.

Reunidos ontem com Dilma, o vice-presidente da República, Michel Temer, e os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, e das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, avaliaram que o tamanho do núcleo duro do governo é o ideal para resolver os problemas mais graves entre os dois maiores parceiros da aliança. Afinal, o PT está bem representado e o PMDB tem o vice-presidente, que é presidente licenciado da legenda.

Dilma chegou a cogitar a presença do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), no grupo da coordenação, que se reúne semanalmente. Mas a ideia foi descartada por enquanto. A avaliação feita é a de que incluir outro nome do PMDB, agora, seria abrir um precedente para que todos os demais partidos da base aliada – PSB, PDT, PCdoB, PP, PR e PTB, entre outros – reivindicassem um assento no fórum.

A tarefa de encontrar uma solução para os impasses ente os partidos foi entregue a Palocci e Temer, com a missão de evitar que o confronto ponha em risco a governabilidade e o acordo para eleger o petista Marco Maia (RS) presidente da Câmara.

Enquanto isso, oficialmente as nomeações para o segundo escalão estão suspensas. Mas ontem o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), pôs ainda mais lenha no fogo e nomeou o petista Jarbas Barbosa para a Secretaria de Vigilância em Saúde – cargo que até o ano passado pertencia ao PMDB.

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