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O traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia, conhecido como Chupeta, contou à Polícia Federal (PF) o esquema utilizado por ele para trazer de seu país para o Brasil os milhões de dólares conseguidos com a venda de cocaína. Segundo a PF, Chupeta contou que o dinheiro passava por aeroportos em malas de roupas que chegavam até as mãos dele como bagagens comuns.

O colombiano revelou à PF que aviões carregados com o dinheiro decolavam da Colômbia rumo à Venezuela. Os dólares chegavam ao Brasil pela fronteira de Roraima e eram transportados por carro até a capital Boa Vista, de onde acabavam embarcando em vôos comerciais com destino a São Paulo.

Ainda de acordo com a PF, os principais auxiliares de Chupeta no Brasil eram Daniel Maróstica e André Barcelos, ambos presos. Barcelos é piloto de avião e teria buscado o traficante no Ceará, quando Abadia veio se esconder no Brasil, três anos atrás.

No depoimento, Chupeta teria revelado que Barcelos também cuidou da falsificação de documentos e vistos de entrada e saída do país. Já Maróstica era o laranja nos negócios de lavagem de dinheiro do traficante. Foi no nome dele que Chupeta registrou a maior parte das propriedades apreendidas pela polícia, inclusive a mansão em que Ramirez Abadia foi preso.

Detido em uma cela do presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, o traficante não tem direito a banho de sol nem a visita íntima. Chupeta já não se opõe ao pedido de extradição feito pelo governo dos Estados Unidos. Segundo o advogado de Ramirez Abadia, Sérgio Alambert, o traficante quer apressar a ida para os Estados Unidos para "assumir logo a situação e deixar o tempo de prisão correr".

Alambert viajou na noite de terça-feira (14) aos Estados Unidos para negociar a extradição do traficante.

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