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Dois menores confessaram, nesta sexta-feira, ter participado da tentativa de assalto que terminou na morte do guitarrista Rodrigo Netto, do grupo Detonautas. Um deles foi detido no início da tarde desta sexta-feira, no Maracanã.

O adolescente de 16 anos estava no campus da UERJ quando foi surpreendido por policiais do Batalhão de Choque da PM. Ele seria morador da Mangueira, teria fugido do morro depois do crime e estava se escondendo na casa de parentes, em Vila Isabel. A Polícia Militar informou que chegou ao menor através de denúncias anônimas. Ele está na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Outro menor, detido por assalto, dois dias depois da morte de Rodrigo, chegou a delegacia no fim da tarde. De acordo os investigadores, ele também confessou participação no crime. Testemunhas serão chamadas para fazer o reconhecimento dos acusados.

A polícia diz já tem pistas sobre os outros dois criminosos, que também seriam do Morro da Mangueira.

- Os quatro estavam dentro do veiculo e um deles atirou. O autor ainda está foragido, nós estamos agora fazendo um trabalho de investigação junto a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente para tentar localiza-lo ainda hoje - afirma o coronel Romilton Correia, comandante do Batalhão de Choque da PM.

Digitais encontradas no carro da marca Astra usado por bandidos para interceptar o carro do guitarrista podem ajudar a polícia a identificar os assassinos do músico, morto com um tiro no último domingo, na Avenida Marechal Rondon, no Rocha. Nessa quinta-feira, o delegado Ronald Hurst, da 25ª DP (Rocha), disse que as digitais poderão ser comparadas com amostras datiloscópicas de cinco suspeitos. Testemunhas do assassinato do guitarrista contaram que o músico foi xingado por um dos assaltantes.

Nessa quinta-feira, a banda Detonautas confirmou por meio de nota que cumprirá a agenda de shows. O grupo pretende prestar homenagens ao guitarrista morto durante as apresentações. Ninguém substituirá Nettinho, segundo os integrantes do Detonautas. Em entrevista ao jornal "O Globo", o vocalista da banda, Tico Santa Cruz, que durante o enterro de Nettinho na segunda-feira fez um discurso emocionado em protesto à situação de violência no estado do Rio, disse que não quer ver a classe média nas ruas pedindo paz.

- Juntar todo mundo para pedir paz agora é hipocrisia - afirma o músico.

O irmão do músico, Rafael Silva Netto, deve receber alta domingo. Ele e a avó, Maria da Silva Netto, estavam no carro com Nettinho quando foram abordados pelos bandidos. Rafael deixou na noite de terça-feira o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital São Lucas, em Copacabana e foi transferido para um quarto. De acordo com Gilberto da Silva Neto, pai de Rafael, o jovem não corre risco de morrer.

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