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Sede da OAB paranaense: duas chapas disputam o direito de comandar uma das instituições mais influentes do estado | Rogério Machado/ arquivo Gazeta do Povo.
Sede da OAB paranaense: duas chapas disputam o direito de comandar uma das instituições mais influentes do estado| Foto: Rogério Machado/ arquivo Gazeta do Povo.

A seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) elege hoje sua nova diretoria, que comandará a entidade no triênio 2010-2012. Em jogo, estará, além do prestígio do cargo, o poder de decidir o destino de um orçamento anual de R$ 24 milhões. No total, cerca de 37 mil ad­­­vogados devem ir às urnas para escolher entre a chapa XI de Agosto, encabeçada pelo candidato da situação José Lúcio Glomb, e a oposicionista OAB Uni­­­da, que tem à frente Arnaldo Bu­­­sato Filho. A expectativa da entidade é anunciar o vencedor no fim do dia, já que toda a eleição será feita em urnas eletrônicas.

O milionário orçamento da entidade – que, em 2009, destinou R$ 3,8 milhões para a Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná e R$ 2,3 milhões ao Conse­­­lho Federal da OAB – se refletiu nas campanhas dos candidatos. Apesar de nenhuma das chapas revelar o valor gasto durante a disputa, ambas contaram com site próprio, distribuíram adesivos aos eleitores e fizeram várias viagens em busca de apoio e votos pelo interior do estado.

Os dois candidatos, porém, negam ter investido altas quantias nas campanhas e garantem que trabalharam "da forma mais econômica possível". Ambos alegaram ainda que o desejo de presidir a OAB foi movido por um sentimento de trabalhar em prol dos advogados e da sociedade paranaense. Para eles, trata-se de um trabalho "abnegado", que envolve uma "cota de sacrifício pes­­­soal" – nenhum membro da entidade recebe salário ou ajuda de custo para compor a diretoria.

Divergência

No entanto, o discurso em co­­­­mum dos postulantes à presidência da OAB se encerra quando o assunto é o orçamento da entidade e os rumos que devem ser tomados daqui para frente. Na avaliação de Glomb, o valor à disposição ordem pode parecer muito alto, mas, na verdade, é "bastante justo" para atender as 47 subseções espalhadas pelo estado. "Como a ordem é bastante interiorizada, isso naturalmente implica em despesas am­­­plas e que são necessárias. Não é um valor extraordinário", destacou o candidato da situação, que, entre outras propostas, promete dar mais atenção à Justiça Comum e tentar trazer para o Paraná um Tribunal Regional Federal (TRF).

Busato Filho, por outro lado, argumentou que a entidade tem apresentado superávits nos últimos anos, o que comprovaria que os valores da anuidade e dos serviços prestados estão elevados. "O objetivo da ordem não é obter lucro financeiro. A OAB precisa rever seus valores para equalizar a relação entre os custos operacionais e os valores impostos aos advogados", criticou o oposicionista, segundo quem a entidade "se afastou da advocacia" e "vem se preocupando apenas com sua fisiologia interna".

As eleições da OAB ocorrem das 8 às 17 horas em todo o Pa­­­raná. A votação – que é obrigatória aos asso­­­ciados – será feita em urnas eletrônicas nas 47 subseções estaduais e em Curitiba, onde o pleito será realizado no Pavilhão de Exposições do Parque Barigui. Nos outros estados do país, as seções regionais da ordem também elegerão suas novas diretorias.

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