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Eduardo Campos esteve no Oeste do Paraná para tornar seu nome conhecido já que uma pesquisa recente aponta que apenas 25% da população brasileira ainda não sabe quem é o presidenciável | César Machado / Agrostock
Eduardo Campos esteve no Oeste do Paraná para tornar seu nome conhecido já que uma pesquisa recente aponta que apenas 25% da população brasileira ainda não sabe quem é o presidenciável| Foto: César Machado / Agrostock

Campos é questionado por ruralista sobre posições de Marina Silva

O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, enfrentou nesta quarta-feira (23) uma saia justa ao ser questionado sobre as posições da vice-presidente de sua chapa, a ex-senadora Marina Silva, em relação ao agronegócio. Em um almoço com cerca de 200 empresários e produtores rurais na cidade de Cascavel (PR), uma das perguntas enviadas por escrito pela plateia questionava Campos se o alinhamento de Marina com ONGs do setor ambiental influenciava o seu pensamento sobre o setor. "Eu nasci no meio rural, conheço a realidade do homem do campo e sou o primeiro a agir em defesa deste setor que é fundamental para o desenvolvimento do país", respondeu.

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O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), disse nesta quarta-feira (23) que é preciso acabar com as velhas práticas políticas que impedem o crescimento de uma região. Ele se referia a briga entre a União e o Paraná em função da liberação de empréstimos. O governo federal , através da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), alegava o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e o não investimento mínimo de 12% das receita na área da Saúde pelo governo do estado. Já o governo do Paraná acusava que questões políticas eram usadas para não liberar dinheiro ao estado.

Campos disse ficar impressionado e triste ao ver no noticiário político paranaense "as velhas brigas políticas atrapalhando que o Paraná possa ter atenção do governo federal". Segundo ele, são recursos que o governo federal deve ao povo paranaense. "Essa é a política ultrapassada do século 19 e que no século 20 precisa ser efetivamente vencida", destacou.

Campos esteve no Oeste para tornar seu nome conhecido já que uma pesquisa recente aponta que apenas 25% da população brasileira ainda não sabe quem é o presidenciável. O ex-governador participou de três eventos, primeiramente com prefeitos da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), depois almoçou com empresários ligados à Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic) e encerrou sua visita na Câmara de Vereadores em um encontro rápido com dirigentes do PPS, PSB e PPL, partidos que já declararam apoio ao presidenciável. A agenda política de Campos em Cascavel foi para reunir ideias à construção de seu programa de governo, que segundo ele não será feito sozinho, nem só com técnicos dentro de quatro paredes. "Na política a gente encontra muita gente que sabe falar, outras que sabem escrever e alguns poucos que sabem construir programas, tirá-los do papel e colocá-los em prática", declarou.

Campos, que foi ministro da Ciência e Tecnologia na gestão do presidente Lula, elogiou o ex-presidente, mas fez questão de criticar sua sucessora, Dilma Rousseff. Segundo ele, no governo de Lula ocorreram equívocos administrativos, mas houve avanços em várias áreas, interrompidos pela equipe de Dilma. "Hoje as mudanças pararam de acontecer. Os ganhos pararam de chegar às vidas das pessoas e a vida começou a piorar nas grandes cidades, no campo brasileiro, na vida dos mais pobres e na vida das empresas. Nós tivemos os últimos três anos de menor crescimento na história da República", sentenciou.

Campos disse que os quatro partidos que o apoiam já definiram a situação política em alguns estados, mas no Paraná ainda está sendo discutido os rumos da sucessão eleitoral. "Aqui no Paraná nós já temos uma posição consensual dos rumos da disputa nacional, mas o debate sobre a situação estadual prossegue entre os partidos", declarou.

Vários prefeitos da região acompanharam Campos em Cascavel, entre eles Edgar Bueno, de Cascavel, e Reni Pereira de Foz do Iguaçu. O deputado federal catarinense Paulo Borhausen, que ano passado filiou-se ao PSB. Antes de visitar Cascavel, ele teve na cidade de Chapecó (SC) ouvindo lideranças.

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