Vou de carro, não de moto

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Beto Richa chegou por volta das 9h30 para votar na Escola Estadual Amâncio Moro, no Jardim Social, em Curitiba. Chamado de "playboy" por adversários durante a campanha, ele dispensou neste ano a moto Harley Davidson com a qual foi votar na eleição municipal de 2008. Desta vez, foi de carro, acompanhado pela esposa Fernanda e o mais velho dos três filhos, Marcello.

Na fila e saia justa

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Para votar, Richa entrou na fila e não aceitou a oferta do mesário para que passasse à frente dos demais eleitores. Mas, na hora de apertar os botões da urna eletrônica, o tucano enfrentou uma saia justa. A cabine de votação ficava logo abaixo de um dos aparelhos de televisão alaranjados adquiridos pela Secretaria de Estado da Educação – um dos símbolos da gestão do ex-governador Roberto Requião (PMDB), desafeto do novo governador. Assessores de Richa o instruíram a evitar posar para fotos perto do televisor. O tucano aproveitou para alfinetar o peemedebista: "Isso [a denúncia de que os televisores laranjas foram superfaturados] ainda está por ser explicado".

Bem na foto

As mesárias da seção em que Richa votou se surpreenderam com a multidão de fotógrafos e cinegrafistas que acompanhava os passos do tucano. "Se eu soubesse, teria me arrumado um pouco mais", comentou uma delas.

Bom presságio

Ainda na zona eleitoral e antes da apuração dos votos, Richa fez declarações sobre a última pesquisa de intenção de votos, que anunciava um empate entre ele e Osmar Dias (PDT), com 45% cada. O tucano disse não ter se frustrado com o resultado. Ele disse que já esperava se sair melhor do que o anunciado: "Esse instituto sempre me deu um resultado abaixo da votação". Já Fernanda Richa disse que o duplo 45% era um bom número – exatamente o mesmo do PSDB, partido de Richa.

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Dorminhoco

Richa ficou em casa, no Ecoville, durante a apuração dos votos. Disse que não ficou preocupado com o resultado. "[Não estava] nem um pouco nervoso. Para você ter uma ideia, estava até dormindo."

Ironias

A juventude do PSDB não deixou de ironizar Osmar Dias (PDT) e o Ibope, depois do resultado da eleição. "Ado, ado, ado... Osmar desempregado", gritavam corregilionários do tucano, referindo-se ao pedetista, que não terá cargo algum a partir do ano que vem. Já sobre o Ibope, os jovens apenas gritavam o nome do instituto.

Primeiro pedido

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Nem bem foi eleito e Richa já deve receber um pedido de um de seus principais aliados, o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB). Questionado sobre qual seria a primeira demanda do prefeito para o novo governador, Ducci não pestanejou: aumentar o número de policiais na capital.

Secretariado misterioso

Tirando Flávio Arns (PSDB), que deve acumular a vice-governadoria com a Secretaria de Educação, Richa não antecipou mais nenhum nome do secretariado. Nem mesmo quando foi perguntado se a primeira-dama teria um papel importante no governo.

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