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A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (8) que o seu adversário José Serra (PSDB) faz "factoides, baixarias e falsidades" contra ela e que não irá "descer o nível" da campanha. No horário eleitoral gratuito desta terça-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi quem respondeu a ataques de Serra sobre a violação de sigilos de pessoas ligadas ao PSDB. A candidata do PT deu entrevista em Brasília antes de embarcar para Betim (MG), onde fez comício nesta noite.

Questionada se Lula seria sempre quem a defenderia de ataques de Serra sobre a violação de dados, a candidata respondeu: "Falar em baixaria eu falo também, eu falo que o candidato adversário faz factoides, baixarias e falsidades contra mim e nem por isso eu estou descendo o nível". Nesta quarta, Serra classificou a violação de dados de seu genro como um "trabalho organizado" e "de quadrilha".

A candidata afirmou que a frase de Lula no programa eleitoral foi "institucional" e em nome do partido. "Ele falou por ele. Ele é do meu partido, líder do meu partido. Ele falou ontem lá pelo meu partido. (...) Lula fez uma fala institucional muito clara, de muito boa qualidade, não baixou o nível em nenhum momento." A petista afirmou que suas falas sobre o episódio e as de Lula "se complementam".

Dilma disse ainda que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de arquivar representação contra ela mostra que não há como vincular o caso com sua campanha. "Tem um salto mortal entre os vazamentos na Receita e a minha campanha. O Tribunal Superior Eleitoral já reconheceu isso." A representação a que ela se referiu havia sdo apresentada pela coligação liderada pelo PSDB, que pedia inclusive a cassação do registro de candidatura de Dilma.

Dilma destacou que nas datas em que os sigilos das pessoas ligadas ao PSDB foram violados ainda não era candidata. "Em 2009, em setembro, abril, ou outubro, não existia campanha nem pré-campanha", afirmou. Dados da PNAD

A candidata comentou também os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dilma valorizou avanços na expectativa de vida, sobretudo para as mulheres, e o resultado do índice de Gini, que mede a desigualdade social.

A candidata também destacou problemas apontados pela pesquisa, como a baixa cobertura de saneamento básico nos domicílios brasileiros. A candidata afirmou que havia uma falta de projetos na área e disse que a média de tempo entre o início do projeto e o término da obra é de 65 meses. Segundo ela, nos próximos quatro anos os investimentos na área de água e esgoto devem ser de R$ 35 bilhões.

Dilma destacou que a região Norte teve menos evolução segundo os dados e "precisa de mais atenção". Segundo ela, no governo Lula já houve um investimento mais forte na região, mas o Norte não reagiu em termos estatísticos de forma tão positiva quanto o Nordeste. "A PNAD serve de indicativo da necessidade de uma política regional para o Brasil, principalmente nas políticas sociais."

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