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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, criticou a possibilidade de ligação de membros do PSDB com a gráfica em que foram impressos panfletos que a relacionam com a defesa da descriminalização do aborto, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira (18).

"É lamentável. Houve nessa campanha, um processo que a gente repudia, que é a publicação de materiais sem autor e com conteúdo que instaura o ódio. Ela vai ser investigada e se tiver, realmente, ligação com o PSDB, é lamentável", disse.

Nesta segunda, em São Paulo, o deputado federal José Eduardo Cardozo (SP), secretário-geral do PT e um dos coordenadores da campanha da presidenciável, afirmou que há "indícios veementes" de participação do PSDB na tentativa de distribuir os panfletos.

Nesta tarde, após a coletiva do PT em São Paulo, a reportagem procurou a assessoria de imprensa da campanha do PSDB para comentar sobre as declarações dos dirigentes petistas e aguarda resposta. Após a declaração de Dilma, a reportagem tentou contato com o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), mas ele não atendeu às ligações.

Marina

Dilma falou ainda sobre a decisão do PV de se declarar neutro no segundo turno das eleições. A decisão foi anunciada neste domingo (17) após reunião da executiva do partido. Nesta segunda, Marina disse que a decisão do partido foi de "independência."

"Foi a melhor decisão para o Brasil, para a democracia e para aqueles que, no meu entendimento, se referenciaram nos programas que apresentamos na campanha. Nós chamamos de uma decisão independente", disse Marina.É lamentável. Houve nessa campanha, um processo que a gente repudia, que é a publicação de materiais sem autor e com conteúdo que instaura o ódio. Ela vai ser investigada e se tiver, realmente, ligação com o PSDB, é lamentável"Dilma Rousseff

Dilma disse respeitar a decisão do PV. "Respeito a posição da Marina e do PV. Ela tem o direito de tomar a posição que ela quiser. Mas recebi apoio de vários militantess do PV", afirmou a candidata petista.

Privatizações

Dilma falou ainda sobre as privatizações no país. "O pobre passou a ter telefone porque passou a ter renda, e não porque a Telebrás foi privatizada", afirmou, em uma crítica ao candidado do PSDB à Presidência, José Serra, que já disse que a trabsferência da estatal para a iniciativa privada foi boa para o país por permitir a expansão da telefonia no Brasil. Dilma afirmou que, se for eleita, pretende investir na expansão da banda larga.

A candidata falou ainda do pré-sal. "Eu sou contra a privatização. O PSDB votou contra o modelo de partilha, e se não é a Petrobras [que vai explorar o pré-sal], são as empresas internacionais. O modelo de partilha prevê que as riquezas do fundo do mar vão para a União."

À noite, Dilma se reúne com artistas e intelectuais da cidade no Teatro Casa Grande, no Leblon, na Zona Sul do Rio.

Policiamento de fronteiras

A candidata do PT declarou ainda que pretende ampliar o uso de aviões não tripulados na fiscalização de áreas de fronteira e em grandes cidades, caso vença as eleições. "Temos um, mas pretendemos ter mais 14, que é para podermos usá-los também em regiões metropolitanas, como a da cidade do Rio", afirmou Dilma.

"Essa discussão interessa a todos os brasileiros porque é por ali que entram drogas e armas. Somos o primeiro país a usar veículos aéreos não tripulados como política de segurança pública e não como uso militar", disse.

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