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São Paulo - A coordenação da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) começou a avaliar a participação da candidata nos próximos debates. A percepção é de que o excesso de exposição pode prejudicar seu desempenho na disputa. Na condição de líder das pesquisas, Dilma estará cada vez mais exposta aos ataques dos adversários. Estra­tegistas da campanha avaliam que é melhor lidar com as críticas à ausência dela nos debates e com a pecha de "fujona" do que encarar os riscos de muitos confrontos.

Estão programados pelo menos mais quatro debates entre os presidenciáveis até o dia da eleição. O primeiro foi agendado com a Rede TV para o próximo dia 12 de setembro. O segundo será promovido pela Rede Record no dia 26. A TV Globo promove o último debate antes do pleito, no dia 1.º de outubro. Um quarto confronto seria promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em setembro.

Dilma chegou a declarar, no início da campanha, que participaria de todos os embates. Mas, nos bastidores, cresce a constatação de que não compensa submetê-la a tanta exposição. Na segunda-feira ela não compareceu ao debate promovido pela TV Canção Nova e uma rede de emissoras católicas.

A estratégia já foi explorada nas eleições anteriores pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, quando ambos estavam bem nas pesquisas. Na eleição de 1989, Fernando Collor de Mello, que liderava as pesquisas de intenção de voto, também faltou aos debates.

Calor

Dilma fez campanha ontem no Mato Grosso e passou mal com o forte calor em Rondonópolis, no interior do estado. A petista não aguentou o calor de 35 graus e, no meio do trajeto, deixou o carro aberto que dividia com o go­­­vernador Silval Barbosa (PMDB) e os candidatos ao Senado, o ex-governador Blairo Maggi e o deputado federal Carlos Abicalil, e entrou em um veículo fechado. A presidenciável seguiu em um carro com os vidros fechados, fato que confundiu e aborreceu a população que a aguardava nas calçadas. Um policial militar que fazia a segurança do ato revelou que a candidata reclamou de queimaduras na pele e do forte calor. A carreata, com mais de mil veículos, saiu da entrada do município, passou pela área comercial e encerrou na residência de Maggi.

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