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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, corroborou nesta sexta-feira (24) as declarações de quinta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra. Em entrevista ao portal Terra, Lula disse que Erenice jogou fora a chance de ser uma grande funcionária pública do país.

Em conversa com jornalistas na capital gaúcha antes de participar de um comício ao lado do presidente, Dilma disse que Lula não fez qualquer tipo de avaliação sobre o suposto esquema de corrupção da Casa Civil, mas sobre a contratação de parentes para cargos públicos. "Acho que o presidente está fazendo uma avaliação não sobre qualquer avaliação de corrupção, mas sobre uma questão com a qual não concordamos, que é a contratação de parentes e amigos", disse a candidata, que evitou condenar ou mesmo citar o nome de Erenice, seu braço direito na Casa Civil.

Dilma disse que o presidente Lula irá gravar uma nova participação em seu programa eleitoral para a última semana de campanha. "Seguramente ele vai gravar, não sei qual será o conteúdo", disse Dilma, sem esconder a satisfação.

Sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) apresentada pelo PT no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a obrigatoriedade de apresentar um documento com foto, além do título eleitoral, para votar, a petista disse não ter participado das discussões sobre o assunto. "O PT considera que seria uma forma de cercear o voto e diminuir a possibilidade de as pessoas votarem", afirmou.

A ex-ministra comemorou também o processo de capitalização da Petrobras, concluído na quinta-feira, e aproveitou para criticar o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Foi uma operação fantástica, muita gente dizia que não iria dar certo". "Não só conseguimos o dinheiro como fizemos a maior capitalização da história do capitalismo até hoje e ampliamos a participação da União na empresa", acrescentou.

Segundo ela, a operação feita na estatal "mostra claramente a diferença entre esse governo e o governo anterior: a forma pela qual concebemos a ampliação da Petrobras evidencia que não tivemos que vender patrimônio público para garantir capital para o programa de investimentos da empresa". Dilma disse que "a coisa mais brasileira da Petrobras é o nome, não precisamos mudar o nome, colocar o 'x' para conseguir captar dinheiro no mercado internacional", referindo-se à possibilidade de mudança do nome da Petrobras para Petrobrax durante o governo FHC.

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