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Dilma Rousseff

Michel Temer [vice de Dilma] seria satanista

Desde o início de 2009 corre um e-mail que diz que o candidato vice de Dilma Rousseff, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), seria satanista. De acordo com o e-mail, Temer seria o verdadeiro pai de um líder evangélico, que teria se envolvido no passado com uma corrente satânica. Em julho de 2009, em entrevista à revista RollingStones, Temer disse ter conhecimento dos e-mails e atribuiu o boatos a "algum inimigo".

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José Serra

Assessor da campanha de Serra teria fugido com R$ 4 milhões da campanha. O dinheiro seria de caixa 2

Matéria da revista IstoÉ publicada em agosto mostrou que Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de Engenharia da Dersa, empresa de economia mista vinculada à Secretaria dos Transportes de São Paulo, teria arrecadado, informalmente, R$ 4 milhões para a campanha do tucano José Serra e fugido com o dinheiro. De acordo com a reportagem, a informação teria sido confirmada por dirigentes tucanos, como o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge. Na semana que passou, o PT paulista entrou com uma representação no Ministério Público para que fosse apurado o caso. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-diretor da Dersa negou que tenha arrecadado recursos para a campanha de Serra. O candidato tucano também negou as acusações.

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Campo livre para campanha política, a internet também se transformou na eleição deste ano em uma central de boatarias e de versões distorcidas de notícias. Quem nunca recebeu um e-mail com alguma "revelação" terrível sobre o passado de Dilma Rousseff (PT)? Ou não leu algo na rede prevendo um futuro tenebroso para o país caso José Serra (PSDB) seja eleito presidente?

Os boatos, em especial, ganham terreno na medida em que o eleitorado não conhece bem o candidato. Sob esse aspecto, o presidenciável tucano leva vantagem sobre a petista. "A identidade da Dilma é des­­conhecida para a maioria da população. E a imagem que ela passa tem a ver com a reputação", observa a relações-públicas Célia Retz, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e especialista em opinião pública.

De fato, o alvo preferido da boataria que corre na rede até agora tem sido Dilma Rousseff (PT). O número de e-mails contrários a ela é muito maior do que os que fazem campanha contra o presidenciável tucano. De acordo com Geraldo Tadeu Monteiro, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS), a candidata petista está pagando o preço de nunca ter disputado uma eleição. "O passado conta, e por isso é natural que seja vasculhado. Mas deve ser dentro das regras de uma boa discussão política", pondera.

Porém nem todas as informações que correm na rede a respeito dos candidatos estão dentro dessa boa discussão política destacada por Monteiro. Muitas são infundadas e espalham mentiras. Como no caso do texto que informa que Dil­ma não poderia entrar nos Estados Unidos porque teria participado do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbri­­ck, na década de 1960. A ex-ministra, na verdade, não participou da ação e não existe qualquer impedimento a sua entrada nos Estados Unidos ou em qualquer outro país.

Outras mensagens on-line conseguem sair da rede e pautar até mesmo o debate político. Caso do aborto, que se transformou num dos principais focos de discussão dos presidenciáveis neste segundo turno, mas já era tema de e-mails e vídeos na internet desde a primeira etapa do pleito. Muitos dos textos que tratam do posicionamento de Dilma e Serra a respeito do as­­sunto têm um fundo de verdade. De fato, Dilma já defendeu a descriminalização da prática e Serra foi quem assinou a norma técnica que prevê o procedimento que deve ser adotado pelo SUS nos casos de aborto previstos pela legislação.

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