• Carregando...

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, defendeu nesta quinta-feira (9) que a população procure a Receita Federal para saber se sofreu violação de seus dados fiscais, após os relatos de que pessoas ligadas ao candidato do PSDB, José Serra, tiveram seus sigilos quebrados. Para a candidata, o tratamento dado pelo governo ao episódio cria um sentimento de desamparo e impotência na população.

"O ministro (da Fazenda Guido) Mantega durante um grande tempo de omissão banalizou um crime. No caso do presidente Lula, o que se criou foi um desamparo, porque os milhares de brasileiros que foram violados em seus sigilos querem uma atitude do Estado, uma atitude de firmeza", afirmou a jornalistas após sabatina no jornal O Globo.

"A sensação de desamparo e impotência se dá, porque o presidente da República, investido da aparência do cargo, vem a público na defesa de sua candidata. A defesa deveria ser de todos os brasileiros", afirmou a candidata, que aparece em um distante terceiro lugar nas pesquisas de opinião.

Marina afirmou que as denúncias colocam sob suspeita uma das mais tradicionais instituições de carreira do Estado.

"Acho que os brasileiros deveriam começar a peticionar à Receita Federal para saber se ele (o contribuinte) foi violado também. Esta é a única alternativa que resta depois do que estamos vendo", acrescentou a ex-ministra do Meio Ambiente do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Denúncias de quebra de sigilo fiscais, de pessoas ligadas a José Serra, entre elas sua filha, acirraram a disputa entre Dilma e o tucano, que responsabiliza o PT e a candidata pelas violações.

Mulheres no segundo turno

Durante a sabatina, a candidata foi questionada sobre seu desempenho nas pesquisas, nas quais tem oscilado entre 8 por cento e 10 por cento. Marina afirmou que está satisfeita com sua trajetória e, como vem fazendo em sua campanha, convocou os eleitores a levá-la ao segundo turno. As últimas pesquisas divulgadas apontam vitória de Dilma no primeiro turno.

"Peço que a gente possa ir para o segundo turno para que, com tempo igual, possamos fazer o debate que interessa ao Brasil, sem pegadinha, casca de banana, sem ninguém se escondendo atrás de ninguém, se colocando frente à frente para que o Brasil decida", disse, recorrendo ao mesmo argumento de Serra, de que Dilma estaria à sombra de Lula."Me parece que o Brasil está querendo uma mulher. Então vamos dar a chance para que as duas possam se colocar frente à frente ao mesmo tempo", disse.

A candidata defendeu uma elevação nos gastos com educação de 5 por cento para 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Ela também disse que, se eleita, pretende reduzir à metade do crescimento do PIB o ritmo de elevação dos gastos públicos no país.

Para Marina, essa seria a maneira mais eficaz de se evitar o uso exclusivo de juros para combate à inflação e uma alternativa para se ampliar os gastos em meio ambiente e educação.

"Vamos buscar eficiência, acabar com desperdício e fechar o dreno da corrupção, limitando o gasto público à metade do crescimento do PIB para evitar o desperdício", afirmou.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]