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"Votar na Dilma é a mesma coisa que votar em mim", disse o presidente Lula no comício da candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), e do candidato ao governo do estado, Osmar Dias (PDT), em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. O evento reuniu cerca de cinco mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, e foi aberto pelo governador Orlando Pessuti. Além de Lula, subiram ao palanque montado na Praça da Bíblia, o senador capixaba Magno Malta e os oito ministros que o acompanharam nos dois dias de compromissos oficiais na fronteira.

Com quase três horas de atraso, o comício teve compromissos reafirmados, elogios a governos passados, promessas de continuidade e poucos ataques aos adversários políticos de Dilma. Didático, Lula declarou seu apoio aos candidatos chamando um a um à frente e apontando aos eleitores a ordem, em quem e por que deveriam votar. Desde o início da campanha, esta foi a segunda vez que a cúpula petista se reuniu no Paraná para angariar votos à base aliada no estado. A primeira foi no dia 31 de julho, em Curitiba.

Lula também enfatizou que quando terminar seu mandato poderá descansar tranqüilo, com a certeza de que fez o melhor e que outra pessoa estará cuidando do povo brasileiro como ele cuidou.

Sobre a disputa no estado, Lula fez questão de mostrar Osmar Dias como um homem de caráter. Nas eleições para prefeito, há dois anos, explicou que não pôde contar com o apoio do pedetista nas nossas coligações. "Ele tinha um compromisso com o atual adversário que ajudou a eleger prefeito de Curitiba. Eu respeitei e avisei que aquele que ele defendia seria o seu próximo adversário", lembrou. "Minha mãe dizia que um homem se conhece pelo olhar. Olhando esse moço e o outro, tenho certeza que se votarem no Osmar, terão no comando do Paraná um homem honesto."

Discursos

Primeiro a falar entre os candidatos e vaiado durante quase todo o discurso, o ex-governador Roberto Requião (PMDB) reforçou as propostas em educação, trabalho e investimentos para o Paraná e falou de antigas desavenças políticas. "Aqui faltava uma coligação para evitar a volta dos vendedores de empresas públicas do passado. Lula me disse então, Requião você precisa superar os atritos. Por isso, hoje venho aqui pedir voto e apoio ao candidato Osmar Dias."

Osmar, por sua vez, destacou os programas do governo federal criados por Lula, como o ProUni, a proteção aos agricultores, e sugeriu que o Paraná terá muito a ganhar caso ele e Dilma sejam eleitos. "Quero uma parceria para a educação em tempo integral, para a construção de creches. Fui leal ao presidente Lula desde o primeiro dia, jamais votando contra qualquer projeto do governo, agora quero ser leal à presidenta Dilma. Vou olhar não só para o Paraná, mas aos brasiguaios que estão ali do outro lado da fronteira esperando por mais atenção."

Mostrando-se pouco preocupada com a suposta violação por parte da Receita Federal de dados de dirigentes e de pessoas ligadas ao PSDB, Dilma restringiu-se ao seu plano de governo e disse que tudo o que planeja para o país e para o Paraná só poderá ser concretizado caso seja eleito o governador de sua coligação. "Nós aprendemos com o presidente Lula que precisamos de equipe de governo, da parceria com prefeitos e com governadores. Queria, então, pedir que considerassem a capacidade, a competência e a qualidade do Osmar Dias para governar o Paraná."

Dilma ainda apontou o cooperativismo paranaense como um dos principais responsáveis pela posição que o Paraná ocupa no cenário nacional e internacional. "Mais da metade da riqueza agrícola desse estado se deve a essa força cooperativada, de homens e de mulheres que se dedicam para que todos possam ter nas suas mesas alimentos de qualidade." O reforço no policiamento de fronteira e o combate às drogas, em especial ao crack, também tiveram destaque na lista de compromissos da petista com os eleitores paranaenses.

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