O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, ligado ao PT, e um colaborador da campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas Gerais, Marcier Trombieri Moreira, foram detidos e prestaram depoimento na noite de terça-feira sobre R$ 116 mil em dinheiro vivo que levavam em um jato particular que saiu de Belo Horizonte com destino a Brasília. A Polícia Federal abordou o bimotor turboélice de prefixo PR-PEG na pista do aeroporto internacional Juscelino Kubitschek após receber denúncias anônimas de que o voo continha oito malas de dinheiro.
Um terceiro passageiro, identificado como Pedro Augusto de Medeiros, de Ipatinga (MG), teria passagem na PF por envolvimento com tráfico de drogas. A maior parte dos R$ 116 mil estava com Rodrigues, conhecido como Bené. O empresário ganhou notoriedade em 2010 ao ajudar a pagar o aluguel de uma casa em Brasília onde funcionou um núcleo da pré-campanha de Dilma Rousseff. Nessa casa, o PT teria montado uma equipe para elaborar um dossiê contra o tucano José Serra, adversário da petista. Bené é dono de empresas que já receberam R$ 272 milhões das gestões petistas no Palácio do Planalto.
Funcionário aposentado do Banco do Brasil e ex-assessor do Ministério das Cidades, Marcier portava R$ 4 mil metade escondido no corpo. Ele trabalhou na área de comunicação da campanha de Pimentel. Ligado ao PT, ele seria o responsável pela distribuição de material do candidato no estado.
Inquérito
Portar dinheiro vivo não é crime, mas a PF decidiu instaurar inquérito para investigar suposta lavagem de dinheiro após os depoimentos do trio, considerados contraditórios, e pela presença de um homem com passagem por tráfico. O dinheiro foi apreendido.
O jato, em nome da Bridge Participações, foi adquirido em 6 de junho de 2013, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A empresa está registrada no mesmo endereço em que o Bené tem uma empresa de eventos, a Due Promoções e Eventos, antiga Dialog.
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