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Armínio Fraga formou-se em Economia na PUC-Rio e fez doutorado na Universidade de Princeton. Foi presidente do Banco Central de 1999 a 2002. Desde então, tem atuado como conselheiro do PSDB para assuntos econômicos. É também fundador do grupo Gávea Investimentos | José Cruz/ Abr
Armínio Fraga formou-se em Economia na PUC-Rio e fez doutorado na Universidade de Princeton. Foi presidente do Banco Central de 1999 a 2002. Desde então, tem atuado como conselheiro do PSDB para assuntos econômicos. É também fundador do grupo Gávea Investimentos| Foto: José Cruz/ Abr

Se eleito, o candidato Aécio Neves já anunciou o primeiro nome da sua equipe: Armínio Fraga (foto), ex-presidente do Banco Central no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. O economista é responsável por boa parte das propostas de política econômica do senador mineiro.

Nas entrelinhas, Fraga defende que o primeiro ano da nova gestão seja marcado por medidas impopulares, mas que, na visão do economista, seriam fundamentais para promover a retomada do crescimento econômico. Uma das medidas mais prováveis é o realinhamento dos preços dos combustíveis e da tarifa elétrica.

Em sua primeira participação na gestão federal, Armínio Fraga ficou marcado por atitudes de baixo apelo popular. "Para controlar a inflação em 99, quando assumiu o Banco Central, ele elevou a taxa de juros para 45% ao ano", lembra o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Bruno De Conti.

Apesar deste histórico, o plano de governo elaborado por Neves e Fraga afirma que é possível reduzir a inflação revertendo as expectativas negativas da economia, com uma política econômica mais segura e com menores taxas de juros.

Além disso, a proposta defende o cumprimento à risca do tripé econômico, com inflação no centro da meta (4,5% ao ano), superávit primário e câmbio flutuante. "Nisso podemos imaginar um real bem desvalorizado, que é bom para a indústria, mas não é tão interessante para o consumo", explica o coordenador de macroeconomia da Universidade Federal da Bahia, Josué Mourão.

Subsídio

Fraga tem defendido uma política horizontal de desoneração da indústria ao invés de políticas pontuais para determinados segmentos. O ex-presidente do BC, no entanto, não deixa claro se vai manter a política de empréstimos a juros negativos por parte do BNDES. "Essa candidatura quer se aproximar do mercado e um anúncio destes poderia não ser muito simpático a esses agentes. Em todo caso, espera-se maior transparência nas contas públicas e nos empréstimos", diz o professor da UFBA.

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